UM CONTO SOBRE A DEPRESSÃO
Vector, em seus vinte e poucos anos, cheio de preconceitos com a psicologia (“Psicóloga é coisa de gente louca) nunca achou que, de fato fosse pisar num consultório de uma psicóloga. Sentiu-se escandalizado quando uma das amigas mais próximas de sua namorada de longa data foi diagnosticada com depressão.
Pouco depois, Annie, sua namorada, teve o mesmo diagnóstico. E então ele começou a acompanha-la nas consultas á psicóloga, e seus altos e baixos.
O que Vector não entende, é que a depressão não é uma coisa que “passa” de uma hora pra outra, e que quem sofre disso, pode estar bem num dia e mal no outro. E que quando esta mal, geralmente precisa de algum carinho e atenção.
Annie se sente solitaria. E realmente o é. A pessoa mais presente em sua vida é Vector. Sua mãe e pai a deixaram. Vector é sua ancora. Mas nem sempre a ancora esta amarrada ao navio, certo?
Vector pede que Annie mude, que se torne uma pessoa de melhor convivência, e todos os dias, Annie luta contra a depressão, com todas as forças. Alguns dias, simplesmente não sente vontade de sair da cama, ou de comer. Mas levanta, come, pinta as unhas, arruma os cabelos. Ela esta tentando. Será que Vector não vê isso? Ou será que não quer ver?
Por Eloise Zanatto
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