terça-feira, 11 de outubro de 2011

FANFIC// Past's Return - Capítulo 1


1. Depois de muitos anos...

Toda noite, o mesmo sonho: Um lobo castanho-avermelhado correndo ao meu lado.  E eu não achava isso ruim, porque no final do sonho, esse lobo se transformava em Jacob – meu Jacob – e me beijava. E isso não era só um sonho, era minha realidade, então, sonhar com isso não me assustava, embora pudesse assustar a qualquer pessoa mais normal que eu.
                O que eu sou? Um híbrido de humano com vampiro. Isso mesmo, meu pai é um vampiro – paralisado para sempre em seus 17 anos – e minha mãe era humana na época. Quase a matei quando nasci – não pude evitar– e meu pai transformou-a logo após o parto. E pra completar, o melhor amigo de minha mãe – um lobo – teve um imprinting por mim (é uma espécie de “amor a primeira vista”, porém muito mais intenso. Coisa de lobo.)
                Como eu cresci muito rapidamente (em alguns anos eu parecia ter 17 anos) e não envelheci mais, há cerca de 20 anos estou casada com Jacob. Moro no chalé que outrora pertencera a meus pais.
– Nessie, meu amor? – Jacob me chamava da cozinha, possivelmente já vestido para caçar.
–Estou levantando. – Em um salto, levantei-me da cama e em questão de segundos estava vestida, apoiada na bancada em frente ao fogão, na cozinha, esperando que ele me beijasse. Ele me tomou em seus braços e beijou-me da mesma maneira que me beijara pela primeira vez.
 Eu havia acabado de completar cinco anos de vida – e já era praticamente adulta– quando ele me beijou pela primeira vez. Eu estava no meu quarto, olhando a paisagem pela parede de vidro. Um rio passava ali atrás de casa e eu podia ouvir o barulho da água, mas não podia vê-lo, porque algumas árvores estavam na frente. Jacob aproximou-se sorrateiramente, e daquele jeito que somente ele sabia me abraçar, me abraçou. Há poucos meses eu havia começado a vê-lo como mais que um amigo, mais que um irmão: eu o via como o amor da minha vida. Levei minhas mãos ao seu pescoço e na deixa, ele me beijou. Seus lábios eram suaves e moldavam-se perfeitamente aos meus. Depois de alguns segundos ouvi barulho de passos no corredor, afastei-me de Jake no momento em que meu pai apareceu na porta do quarto.
–Vamos caçar? – ele perguntou-me, indo em direção a porta, já sabendo minha resposta.
–Você tem alguma dúvida quanto a minha resposta? – Abri a porta do chalé.
–Nunca tenho. Você é totalmente previsível. – Saí na frente, Jacob em meus calcanhares.
–Então eu sou previsível, é?
–Muito. – ele respondeu, e no segundo seguinte já não era o Jacob musculoso e de pele bronzeada, era um enorme lobo castanho-avermelhado, mas seu olhar ainda era o mesmo.
–Aposto que você não sabe o que eu vou fazer agora. – saí em disparada, usando toda a velocidade que eu podia, floresta adentro.
                Eu podia senti-lo, em meus flancos. Ele havia conseguido me alcançar rapidamente, apesar de não estar preparado. Jacob era o mais rápido da matilha.
                Só parei quando senti um cheiro diferente dos outros na floresta: era quente, denso e penetrante: havia dois ou mais animais ali por perto.  Andei mais alguns metros e pude tê-los em minha linha de visão: as laterais de minha garganta se fecharam, agora eu era uma predadora, caçadora.
                Com um salto leve, deslizei pelo ar, pousando levemente sobre a cabeça de um dos veados.  Meus dentes procuraram certeiros, a garganta do animal. Sua resistência instintiva foi completamente inútil contra minha força.
                O sangue era quente e molhado, fazendo com que o ardor em minha garganta quase se extingui-se. Em poucos segundos o sangue acabou-se, e sem nenhum fio de cabelo fora do lugar, levantei-me e pus-me a observar Jacob com seu focinho vermelho, manchado de sangue do veado que havia abatido. Ele colocou a língua para fora, e com uma lambida nada sutil limpou-se.
–Vamos? – perguntei e tão logo ele acenou com a cabeça, pedindo que eu fosse à frente.
                Caminhei lentamente por entre as árvores, esperando que ele se transformasse e se vestisse. Em poucos segundos, eu tinha a mão envolta pela dele e andávamos despreocupadamente até a casa grande.
                A casa grande era o onde o restante da família morava. Meu pai, minha mãe, meus avós Carslile e Esme, e meus tios Emmett, Rosalie, Jasper e Alice. A casa era clara, com várias paredes de vidro, a decoração era totalmente neutra tornando a casa aconchegante apesar do tamanho. Era cercada de árvores de todos os tipos e tamanhos e logo atrás havia um rio que podia ser visto pelas paredes de vidro do andar debaixo.
                Entramos sem bater, afinal, eles já haviam nos ouvido vários quilômetros atrás. Estava exatamente igual estivera na manhã anterior: papai estava sentado ao piano, possivelmente escrevendo outra linda música para mamãe; ela, por sua vez, estava deitada em um divã, totalmente concentrada na leitura de um livro qualquer; Emmett e Jasper estavam assistindo a um jogo de Baseball na TV; Alice, como pude ouvir, estava no quarto, reclamando sobre não ter o que vestir; Meu Avô Carslile provavelmente estava trabalhando, em um hospital qualquer( eu nem fazia mais o esforço de perguntar, afinal, de mês em mês ele mudava); Avó Esme, estava preparando algo pra eu e Jake comermos –como se precisássemos de comida depois de caçar.
– Bom dia pra vocês também. –papai falou, erguendo a cabeça, que estava praticamente deitada sobre o papel em que escrevia as notas.
–Bom dia pra todos. – Jacob e eu falamos. Todos os presentes nos responderam, Esme e Alice gritaram de onde estavam.
–Como passou a noite, Nessie? – papai perguntou ,um sorriso zombeteiro no rosto.
–Edward, já lhe disse para não chamá-la assim. O nome dela é Renesmee e é assim que vocês devem chamá-la. – mamãe tirou os olhos do livro que estava lendo, por um instante, mas logo voltou a ler.
–Mamãe, eu já falei que prefiro Nessie também, e você também prefere ser chamada de Bella, ou eu deveria chamar-lhe Isabella? – não pude conter essa resposta malcriada, mas mamãe deu-se por satisfeita com meu argumento. – Aliás, pai, quase não dormi essa noite... Sabe como é.
– Ness... Renesmee temos novidades. – mamãe falou novamente depois de balançar a cabeça com reprovação para papai – Tanya, Kate, Garrett, Carmen e Eleazar estão vindo.
– Ãhn, como assim? Vindo? Pra fazer o que? Quando?– Os Denali não nos visitavam desde... bem... desde aquela vez em que os Volturi tentaram nos matar.
                Há quase trinta anos que não víamos os Denali, e não gostávamos de nos lembrar daqueles dias de preocupação: Os Volturi, que são uma espécie de realeza entre os vampiros, estiveram aqui para nos destruir, porque nós, os Cullen, representávamos perigo para eles, por sermos um clã tão grande. Minha família reuniu testemunhas para que os Volturi parassem para ouvir-nos e dentre essas testemunhas estavam os Denali.
                Todos sabemos, que um dia os Volturi voltarão, e prontos pra brigar até a extinção de algum dos dois clãs: nós, ou eles.
–Exatamente fazer o que, nós não sabemos, mas eles chegam em dois dias.– papai tinha as sobrancelhas erguidas.
                Nesse momento Alice desceu as escadas, desfilando seu vestido de seda azul claro colado ao corpo com um salto agulha.
–Perdi alguma coisa?– Alice perguntou-nos enquanto se sentava ao lado de Jasper.
– Aposto que não, você não perde nada. – Jacob falou, já sentado no sofá.
–Acho que eu preciso fazer compras... Simplesmente não tenho mais o que vestir. – Alice anunciou. Mamãe ergueu os olhos e revirou-os teatralmente para uma Alice que fazia biquinho.
***
                Passamos o restante do dia na casa grande, perguntando-nos qual o motivo da visita, comendo ou simplesmente cochilando no sofá, ouvindo meu pai tocando algumas das músicas favoritas de minha mãe. Ao final do dia, resolvemos voltar para o chalé.
                Novamente, caminhamos de mãos dadas por todo o caminho, discutindo os possíveis motivos da visita, ou conversando sobre qualquer coisa.
                Ao chegarmos no chalé, tomamos banho juntos, comemos qualquer coisa e fomos nos deitar. O dia seguinte, com certeza teria notícias, boas ou ruins.

Continua...
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Nota: Sei que já postei esse capítulo, mas na verdade, essa é a versão revisada dele, e na minha humilde opinião de autora da fic, ficou 300% melhor que o original.

Espero que apreciem a leitura.

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