terça-feira, 16 de outubro de 2012

[Fanfic] Dear Sun - Capítulo 23




Capítulo 23

                – Espera aí! – Aiba disse – Quer dizer que me acordaram só por que o Jun-kun queria ver a Ise-chan?
                – Sim, foi só um pretexto. – Sho informou, olhando as figuras em um jornal, ciente de que não entenderia nada do que estava escrito ali.
                – Ah, eu não acredito nisso! Ele tirou todo mundo da cama, inclusive eu, só porque estava com vergonha de bater no apartamento da Ise-chan? É isso mesmo? – Aiba continuou reclamando, pensando em como seria bom se ainda estivesse com Jéssika envolta por seus braços.
                – Dá um desconto, Masaki, afinal, daqui a três dias estamos voltando para o Nihon. – Ohno explicou enquanto sentava-se ao lado de Aiba.
                – E vocês não levaram em conta que eu também gostaria de passar mais tempo com a Jessie? – Aiba continuava a reclamar.
                – Então faz o seguinte – Nino disse, sem tirar os olhos do DS, mas deixando transparecer sua impaciência quanto às reclamações de Aiba – volta lá. Pronto, resolvido.
                – Agora ela já deve ter arrumado o que fazer. – Aiba disse, jogando os braços para cima e espreguiçando-se. – Eu quero jogar algo, vamos, Sho-chan.
                – Onde? – Sho disse, analisando uma foto no jornal.
                – Na sala de jogos, ué. – Aiba falou, puxando Sho por um dos braços.
                – Eu também vou. –Ohno informou, levantando-se também e seguindo os outros dois.
                Nino, sem tirar os olhos do DS, seguiu-os.
                – Ah, me esqueci de contar! – Aiba comentou alegremente enquanto travava uma incrível batalha contra Sho na sinuca – O pai da Haru voltou.
                – Hã? – Sho e Ohno exclamaram em uníssono, sem entender.
                – Outra coisa que eu tinha esquecido – Aiba bateu na própria cabeça e pôs-se a contar para eles a história de Eloise.
                – Waaaaa, que confusão! – Sho exclamou assim que Aiba terminou de contar.
                – Sim. Ontem ela chegou na casa da Jessie e fez um escândalo só porque ela contou para o pai da Haru. – Aiba completou.
                – Espera. – Nino falou, finalmente tirando os olhos do DS e visivelmente preocupado – Se ele realmente voltou, existe a probabilidade deles terem reatado.
                – Verdade! – Ohno falou – Mas e o Jun-kun?
                Nino não falou mais nada. Apesar de estar sempre de olho na tela de seu DS, Nino era um dos que mais prestava atenção nas coisas, e algo dentro dele dizia que Jun podia estar passando por uma situação difícil. Ele não soube explicar como sabia disso, mas sabia. Guardou o DS no bolso e saiu sem dizer nada aos outros.
                Não sabia ao certo onde encontraria Jun, mas concluiu que deveria, antes de qualquer coisa, checar se suas conclusões estavam corretas, então seguiu até o apartamento de Eloise. Quando entrou no corredor ouviu um choro abafado vindo de mais adiante. Nem precisou olhar duas vezes para ter certeza que era Jun. Este estava sentado no chão, pernas envoltas pelos braços, soluçando. Considerando a vermelhidão de seus olhos, já fazia algum tempo que estava chorando.
                Nino aproximou-se e deu um tapa de leve nas costas do amigo, que só então percebeu a presença do outro ali.
                – Acho que você precisa beber. – Nino disse, oferecendo a mão para ajudar Jun a levantar.
                Sem dizer uma palavra, Jun secou algumas lágrimas que insistiam em escorrer por sua face e levantou-se, seguindo Nino.  Ele não sabia muito bem para onde levava Jun, já que não conhecia a cidade e tampouco conseguiria alguma informação, então seguiu pelas ruas apinhadas de gente até um local onde julgou ser um bar. Sentou-se em uma mesa e Jun acomodou-se em frente a ele.
                – O que vão beber? – uma garçonete perguntou, em português, dirigindo-se a mesa deles.
                Sem entender uma palavra, Nino concluiu que a mulher queria saber o que eles queriam tomar (afinal aquele lugar era um bar... ou não era?). Pensou por alguns segundos e respondeu:
                – Beer. – no que julgava ser o melhor que poderia dizer em inglês.
                A mulher observou-o por alguns segundos, visivelmente confusa. Concluindo que ele era um turista e que não sabia falar português (ela tampouco falava inglês), a garçonete apontou para um cartaz onde havia uma enorme garrafa de cerveja e várias mulheres seminuas em volta. Nino, concluindo que não haveria outra maneira de pedir a cerveja que queria, balançou a cabeça, concordando.
                Jun estivera com os olhos fixos no porta guardanapos durante todo o tempo em que Nino lutara para pedir a cerveja e sem perceber a dificuldade do amigo.
                Logo, a garçonete surgiu com uma grande garrafa de cerveja e dois copos. Serviu-os e se retirou.
                – Beba. – Nino disse, chamando a atenção de Jun.
                Depois de duas garrafas de cerveja (que, para pedi-las, Nino somente chamava a garçonete e apontava pro cartaz fazendo o número 1 com o dedo), Jun começou a falar:
                – Sabe, eu a amo, mas ela não acredita em mim! – ele reclamou, observando a espuma da cerveja.
                – O que ela disse? – Nino perguntou.
                – Disse que sabia que eu só queria uma aventura com ela, que eu não a amo de verdade.
                – E você?
                – Eu não disse nada, não consegui dizer.
                – Como assim? – Nino reclamou, estranhando a atitude de Jun.
                – Não sei, eu fiquei tão assustado com o que ela disse que não consegui reagir.
                – Isso não é normal, vindo de você. – Nino constatou, enchendo seu copo novamente.
                – Eu sei. Acho que tenho que fazer alguma coisa, mas não sei o que. Quero provar que a amo.

~ ~

                – É isso mesmo? Aquele que acabou de sair por essa porta é o Matsumoto Jun? – Kenji perguntou, curioso.
                – Sim, é ele. – Eloise respondeu, ainda pensando sobre o que havia dito para Jun, e no olhar dele ao sair.
                – E o que ele estava fazendo aqui? Ou melhor, o que aconteceu que você pediu para que ele saísse?
                – Acho melhor você se sentar, porque a história é longa. – Eloise sentou-se em um dos sofás, Kenji ao seu lado.
                Depois de vários minutos, nos quais Eloise contou-lhe tudo o que acontecera nos últimos dias. Com uma pausa, adquiriu um forte rubor na face, percebendo que o melhor a fazer era contar tudo de uma vez.
                – Então... e-eu... eu dormi com o Jun. – Eloise terminou, novamente sentindo as lágrimas escorrerem por sua face.
                – Espera... você dormiu com ele? – a expressão de Kenji variava de assustado para irritado.
                – E-eu d-ormi. – ela gaguejou – Foi mais forte do que eu. Eu estava emocionalmente abalada e... e ele sempre foi tão importante pra mim... Mas eu me arrependo! Pedi que ele me deixasse em paz! Que nunca mais me procurasse...
                – E eu achando que você esteve sofrendo tanto quanto eu durante esses anos... – Kenji disse, baixando os olhos e virando suas costas para Eloise.
                – Eu sofri! Eu senti sua falta cada segundo! Inúmeras vezes, eu pensei em ligar para você, inclusive, até liguei... – ela balbuciou, sem saber o que falar.
                Kenji olhava para os próprios pés, tentando com todas as suas forças evitar que lágrimas escorressem ou que sua voz se elevasse, tamanha decepção que sentia.
                – Me desculpe... eu não estava bem, me deixei levar. O que eu sinto por ele é puramente amor de fã. – ela disse, sentindo que nem tudo o que dizia era verdade, afinal, era mais que amor de fã. Ela não sabia realmente o que era, mas seu coração lhe dizia que era algo maior.
                Eloise aproximou-se dele e colocou uma de suas mãos nas costas dele, logo aproximando-se mais alguns centímetros e abraçando-o. Deixou que suas lágrimas encharcassem a camiseta dele.
                – Me perdoa! Eu te amo! – Eloise sussurrou.
                Kenji soltou os braços dela e virou-se, olhando-a nos olhos. Afastou-se alguns centímetros, mantendo os braços dela na altura do abraço.
                – Eu te perdoo. – sussurrou, abrindo um sorriso leve – O amor que sinto por você é mais forte que qualquer coisa.
                – Eu te amo. – Eloise falou, soltando seus braços das mãos dele, e abraçando-o novamente, enterrando sua cabeça no peito dele.
                Kenji envolveu-a, e em seguida, beijou-a como sonhara durante todos os anos em que estiveram separados. Foi um beijo calmo, ignorando os corações de ambos, que estavam disparados. Era bom tê-la em seus braços, sentir o calor dela e mesmo que ela tenha dormido com outro, em dois dias ele estaria de volta ao Japão, e certamente não iria mais voltar. Eloise era sua.
                – Quero viver com vocês para sempre. – Kenji disse, e sentiu sua camiseta empapada pelas lágrimas de Eloise.
                – Okaasan? – Harumi entrou na sala, observando sua mãe abraçada ao estranho que estivera em sua casa na noite passada – Quem é?
                Eloise e Kenji soltaram-se e depois de uma rápida troca de olhares, Kenji aproximou-se de Harumi.
                – Sou o tio Kenji, tá bom? – ele abaixou-se para que ficassem do mesmo tamanho.
                – Haru. – a pequena apressou-se em dizer, lembrando que já havia dito seu nome a ele na noite anterior.
                – Acho que vamos ser amigos. – Kenji disse, sorrindo.
                – Melhor tomarmos café da manhã então. – Eloise disse, indo para a cozinha, onde a mesa posta os esperava.
                – Mas já esfriou tudo! – Kenji reclamou.
                – Conhece microondas? – Eloise sorriu, sentando Harumi na cadeirinha alta.


Continua...

6 comentários:


  1. Ise-chaaaaaan!!!! Está me fazendo sofrer tanto como o Jun TT.TT tadinho!!! Mas o retorno de Kemji está sendo escrito perfeitamentee.... Estou curiosa para os próximos capítulos (como sempre)!! O Aiba chan e a Jessie são o cúmulo da fofura!! *w*

    Omedetooo!! Continue escrevendo essa fic tão maravilhosaa!!
    Júlia Vicheti =3

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  2. opaaaa escrevi Kenji erradooo!!! Desculpaaa!! >.<

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    1. Gomen ne, Julia, mas acredite, também estou sofrendo com o sofrimento dele! XD
      Ain, retorno do Kenji tá me tirando o sono, mas ele é um personagem que gosto muito também!
      Aiba-chan e a Jessie vão ganhar menos foco daqui pra frente, tô pensando numa oneshot só deles, tipo um SP depois que eu terminar a fic, talvez XD

      Vou postar o 24 antes de segunda-feira, se tudo der certo! Gomen ne pela demora, e arigatou por continuar lendo, firme e forte!

      Beijinhos *---*

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  3. Ai, Jun sofrendo, tadinho!
    E Nino tentando comprar bebida, adorei kkkkkkkkk
    Por um minuto eu achei q ia dar uma merda foda, o Kenji e ficar bravo e tal.
    Ai, pior é ele ser tão fofinho com a Haru! kkkkkkk

    Esperando o próximo cap!
    Beijos

    -Dani

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    1. Jun sofre, coitado ~ mas todo sofrimento tem fim né? XD
      Kenji é compreensivo e ama ela demais pra deixar dar merda.
      Todos são fofos com a Haru né? Porque ela é a coisa mais foooooooofa desse mundo *ou não*

      Amanhã ou dps eu posto o 24! XD

      Obrigada por ler e comentar, Dani.

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  4. One Shot de Jessie + Aiba???? Waaaaaaa~~~~ Perfeitoo xDD

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