Capítulo 5
Johnny Kitagawa resolveu que o
Training Camp aconteceria por somente uma noite e nas noites restantes eles
ficariam hospedados no Hotel das Cataratas dentro do Parque Nacional do Iguaçu,
com todo o conforto possível. Os cinco membros do grupo preferiram dividir uma suíte
grande e o Chefão ficou com a maravilhosa suíte presidencial.
O quarto dos meninos era
espaçoso, com cortinas em tons pastéis, piso polido e paredes muito brancas.
Eram duas camas de casal e uma de solteiro.
– Vamos tirar no Joken? – Nino
propôs.
– Eu topo. – Os quatro
concordaram em uníssono.
– Quem ganhar escolhe a cama.
– Sho falou.
Depois de alguns segundos de
tensão, Sho¹ foi declarado vencedor.
– De novo, Sho-chan? – Aiba
reclamou, lembrando-se do Training Camp anterior, onde Sho também fora o
vencedor.
– A cama de solteiro é
visivelmente melhor que as outras... – Sho ponderou, analisando o
posicionamento das camas, onde as duas camas de casal ocupavam a mesma parede
com um espaço grande entre elas e a cama de solteiro na parede oposta.
– Mas você não vai se sentir sozinho
lá? – Ohno perguntou, fazendo beicinho.
– É Sho-chan, se você quiser
podemos apertar as três camas juntas. – Jun propôs, analisando se no espaço
entre as camas de casal caberia a outra cama.
– Eu topo! – Sho falou,
sorrindo sem nem mesmo se dar conta de que estava sendo passado pra trás
novamente.
Jun, Aiba e Ohno arrastaram a
cama de solteiro até o meio das duas camas de casal, deixando-as bem juntas.
Ohno ficou com a beira da cama
da esquerda, Aiba ao seu lado, Sho bem no meio, Jun a sua direita, e Nino com a
extremidade da direita.
– Agora vamos dormir! – Aiba
bocejou.
– Eu poderia dormir por um dia
inteiro, depois de um bom banho. – Jun falou, já indo para o banheiro,
mostrando que seria o primeiro a tomar banho e que não haveria discussão sobre
isso.
– Nino, larga esse DS já e vai
se arrumar pra dormir. Você vai pro banho logo que o Jun sair! – Ohno brigou
com Nino, que tinha se jogado numa poltrona próxima à janela e tirado o DS do
bolso.
– Já vou Oka-san! – Nino falou
distraidamente, levando todos ao riso.
– Nininho, depois de quase 13
anos de Arashi, você ainda não aprendeu que sua mãe não viaja junto? – Jun
falou, enrolado numa toalha, os cabelos molhados, a boca cheia de espuma de
creme dental e a escova na mão.
– Oh-chan é minha oka-san quando
viajamos. – Nino se defendeu.
– E falando em quase 13 anos,
daqui a 2 dias é nosso aniversário. – Sho lembrou, com o olhar vidrado numa
parede, provavelmente perdido em pensamentos.
– Por isso temos que dormir! Pra
estarmos descansados pro dia 15! – Aiba saltitou, olhando para a carteira de
cigarros que segurava. – Acho que vou parar de fumar, em comemoração aos 13
anos de Arashi e também em agradecimento por eu ainda poder cantar.
– Quanta força de vontade
Aiba-chan! – Ohno analisou, sentado na sacada, com um cigarro aceso em mãos.
– Oyasumi pra vocês. – Jun
jogou-se na cama, vestindo seu pijama listrado.
~~
O dia seguinte à chegada do
Arashi começou como qualquer outro para Eloise, exceto pelo fato de que ela
estava ainda mais feliz que o normal. Teve que levantar cedo e ir trabalhar como
de costume.
– Elô, tá sabendo do grupo de
japas que chegou ontem ali no hotel? – Antony, um dos guias, perguntou-lhe
enquanto almoçavam. – Parece que é uma banda...
– Arashi? – Eloise perguntou,
incrédula.
– Deve ser. – Antony levou o
garfo cheio de comida até a boca, e parou – Liga lá no hotel e pergunta, eles
devem saber. – Ele largou o garfo, a comida pela metade, e seguiu um grande
grupo de turistas alemães, pondo-se a frente deles para indicar o caminho a ser
tomado e deixando Eloise paralisada, o almoço intocado.
Passados alguns minutos, ela
voltou ao normal, engoliu seu almoço de qualquer jeito e correu até um
telefone. Alguns segundos intermináveis se passaram até que a recepcionista lhe
atendesse. Eloise perguntou-lhe sobre o grupo de japoneses que chegara ontem.
– O chefe deles, um senhor muito
velho, pediu que chamássemos a todos só amanhã de manhã. Acho que eles vão
fazer trilha. – pausa dramática – O senhor Kitagawa fala português
fluentemente.
Eloise murmurou um “obrigada” e
voltou ao trabalho pensando que era impossível ela ser incumbida de guia-los e
mesmo assim, concluindo mentalmente que era muito provável que ela fosse a guia
deles, considerando o fato de que ela era a única guia que falava japonês.
Ignorou essa possibilidade,
tentando não criar esperanças e pôs-se a guiar um grupo de idosos até o
mirante.
~~
Às 7h do dia 15, o telefone
tocou despertando os membros do Arashi que haviam dormido mais de 20 horas
consecutivas e levantaram-se totalmente descansados e dispostos a fazer
qualquer coisa que o chefe lhes pedisse.
Desceram ao salão do hotel, onde
turistas de todas as idades serviam-se de pãezinhos de queijo, sanduíches de
presunto, sonhos cobertos de açúcar e xícaras de café fumegante.
– Isso é bom Riida? – Sho
perguntou, apontando o sonho açucarado que Ohno comia.
– Muito! – respondeu Ohno com a
boca cheia.
– Qual é o recheio? – Aiba
perguntou, olhando a densa calda marfim entre as duas partes de massa.
– Não faço ideia, mas é muito
doce, maravilhoso! – Ohno sorriu, os dentes cheios de massa.
Assim que terminaram o café da
manhã, foram convocados para uma reunião na suíte do Chefe.
– Eu sei que é anormal, mas
precisamos comemorar com os fãs esses 13 anos de sucesso. – Jhonny falou, as
mãos entrelaçadas.
– Como? – Jun preocupou-se.
– Vamos gravar um vídeo e
publicar no site da JE. – Johnny expos sua ideia.
– Sem problemas! – Todos se
animaram.
Diante da perspectiva de falar
diretamente com as fãs, encaminharam-se até uma sala onde os staffs esperavam
com as câmeras a postos. Cerca de 30 minutos se passaram até que os meninos
saíssem da sala, ainda mais sorridentes que antes.
Foram orientados a vestir roupas
leves e tênis e em seguida pegar um ônibus até a trilha, onde um guia os
esperava.
– E onde está esse guia? – Nino
falou, ao chegar à entrada da trilha.
– Deve estar vindo. – Jun
ponderou.
– Eu não quero esperar. – Nino
falou, e apontou algumas placas – Vejam, é sinalizado!
– Acho que não faria mal se fôssemos
por conta própria. – Ohno falou, louco pra explorar o local.
Foram seguindo a trilha
lentamente, parando hora ou outra para ler as placas, que em sua maioria eram
em inglês. Todos juntavam seus escassos conhecimentos da língua para
interpretar as instruções. Às vezes surgiam clareiras entre as árvores e podiam
ver algumas quedas.
– Sho-chan, sabe do que eu me
lembrei agora, vendo toda essa água? – Nino apontou pra queda mais próxima.
– O quê? – Sho perguntou,
curioso.
– No Scene, em Fukuoka, quando
você tentou pular sobre uma das fontes e acabou molhando as calças. – Nino riu, enquanto o rosto de Sho
ruborizava.
– Melhor ainda, Nininho, foi ver
você, o Oh-chan e o Aibaka vestindo saias na paródia de TABOO que vocês fizeram
no meu último aniversário. – Sho riu ainda mais alto que Nino, que se calou.
– Ambos os shows foram muito
engraçados, mas acho que vestir saia é bom... entra ventinho por baixo. –
Aiba falou, seguindo a trilha e sorrindo.
– Sinto
saudades dos meus 30 anos. – Ohno divagou.
– Vocês lembram que eu tinha
cortado o cabelo? – Jun perguntou.
– Lembro sim! Estava muito
legal. E lembro também que nos primeiros dias você se incomodava com o corte...
– Aiba foi interrompido.
– Como assim, estava legal? Quer
dizer que não está mais? – Jun fuzilou Aiba com o olhar.
– Ainda está Matsujun! Eu me
expressei mal... – Aiba levantou os dois polegares na altura das orelhas, em
sinal de positivo e sorrindo.
Nesse momento, depois de cerca
de 20 minutos na trilha, chegaram ao mirante principal onde viam as enormes
quedas e toda sua imponência. O local estava abarrotado de turistas. Seus
rostos foram salpicados por gotas de água que vinham de todos os lados.
A vista era impressionante, e os
cinco ficaram maravilhados, vislumbrando toda aquela água.
– Eu quero isso na próxima
tour... – Jun balbuciou, maravilhado.
– Cala a boca, Jun. – Nino falou
ao mais jovem, os olhos fixos na água.
– Caaaaaara, como é alto isso
aqui! – Sho olhou para baixo, onde dava para ver as pedras.
– Bom dia! – Uma mulher
aproximou-se, falando em japonês. – Serei a guia de vocês aqui no Parque.
Hajimemashite! Watashi wa Eloise Zanatto desu. Douzo yoroshiku onegaishimasu –
curvou-se.
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Notas Finais: Quero agradecer de novo à Emily que revisou pra mim, à Loanny e Yun que me deram uma ajudinha no finalzinho aqui, e à Jessika, minha parceria de surtos, que é sempre a primeira a ler (o rascunho) e dar algumas dicas pra escritora aqui. Só pra deixar claro, na parte que o Sho ganha no joken, não fui eu quem escolheu (foi a Jeeh ~~ eu escolhi uma ordem pros 5, e pedi que ela escolhesse um número aleatório ~~ deu Sho, eu escrevi)
Spoiller do próximo capítulo: Aparecerão novos personagens, que serão extremamente importantes pro desenrolar da história. [morram de curiosidade]
Algumas fotos, dos locais que eu falei na fic, pra que vocês possam visualizar:
> Parque Nacional do Iguaçu (ali junto, o Hotel das Cataratas)
>Hotel das Cataratas
>Quando digo ônibus, nas Cataratas é assim (tenho loucura por esses ônibus lindos)
> E um pouquinho das Cataratas pra vocês ...
E o próximo capítulo, semana que vem ~~
Nossa, eu tinha esquecido de ler com a correria dessa semana-para-providenciar-os-brindes-do-livro xD
ResponderExcluirMas tenho um comentário master para fazer do cap:
– Acho que não faria mal se fôssemos por conta própria. – Ohno falou, louco pra explorar o local.
PQ eu vejo um bando de quatis atacando eles depois dessa fala?! xD
Quero o próximo o/
hauishaiushasia, porque será, né L?!
ResponderExcluirO próximo vem segunda, e é aí que começa a desenrolar a história!
Ohmiya... -sqn xDD
ResponderExcluirQ lugar lindo Eloo!! Um dia ainda vou ai visitar o hotel "q eles ficaram" shaushaushauahuahusa xDD
Eh... qm sabe um dia eles nao venham pro Brasil matar a gente -q