Capítulo
11
Eloise abriu os olhos lentamente
e deparou-se com um feixe de luz que entrava pela cortina. Sua cama tremia e
balançava seu corpo.
– Pule mais forte, Haru! –
Jéssika encorajou Harumi aos sussurros.
– Ei! Isso dói! – Eloise
reclamou, a voz rouca e abafada pelos travesseiros que estavam sob sua face.
– Finalmente acordou! – Jéssika
comemorou – Estamos aqui há quase 5 minutos tentando acordá-la.
– Eu estou atrasada? – Eloise
assustou-se, levantando-se rapidamente e sentindo uma leve tontura.
– Não. Nós é que nos adiantamos,
né Haru? – Jéssika não conseguia esconder sua curiosidade.
– Hai! – Harumi concordou, e
Eloise percebeu que ela já estava pronta pra ir para a escola. – Ohayou mama.
– Ohayou meu anjo! Vem dar um
beijo na mamãe, vem! – Eloise puxou Harumi para seus braços e beijou suas
bochechas, sem esconder a culpa por ter saído na noite anterior.
– Se mexe, Elô! Me conte tudo,
com detalhes! – Jéssika falou, consultando o relógio – Temos tempo suficiente.
Eloise sentou-se num canto da
cama com Harumi aninhada em seus braços e Jéssika no outro extremo da cama, de
frente para a amiga.
Contou com detalhes tudo o que
acontecera na noite anterior, dando ênfase às roupas que Nino os obrigara a
vestir.
– Espera aí! Sakurai Sho e seu
abdômen só de cueca de couro (repito, de couro!) e suspensórios? – Jéssika
surtou, imaginando a cena. Esticou seus braços e fechou os olhos, suas mãos
faziam movimentos como se tocassem no tanquinho de Sho, o que era uma cena bem
comum entre elas.
– Acredite se quiser! Se o Jun
não estivesse sentado ao meu lado, eu juro que tinha gritado! – Eloise falou,
lembrando-se da proximidade entre ela e Jun.
– Me diz que tirou fotos,
onegai! – Jéssika suplicou, fazendo cara de cãozinho que caiu da mudança.
– Gomen amiga, mas não posso dar
uma de fã louca e ficar registrando tudo né? Por mais que eu queira... – Eloise
choramingou, pensando que ter fotos da noite seria bom para que tivesse certeza
de que foi real.
– Eu sei! É só que... fiquei
curiosa! – Jéssika sentiu uma espécie de inveja da amiga.
Eloise continuou contando sobre
como caíra na piscina e como recusara veementemente a um banho no quarto deles
e a vestir a camisa de Jun. Contou sobre a proximidade em que suas bocas
estiveram na hora em que entrava no táxi e sobre o calor que emanava dele.
– Aí eu cheguei em casa, vocês
estavam dormindo e eu não quis acordá-las. Cansada como estava, me joguei na
cama e dormi feito uma pedra. – Eloise concluiu, recusando-se a pensar por
muito tempo em Jun.
– Que você dormiu feito uma
pedra nós percebemos! – Jéssika caçoou do sono pesado da amiga – Então quer
dizer que essa camisa é do Jun?
– Hai! Tão cheirosa! – Eloise
cheirou novamente o colarinho e deixou que sua mente vagasse até o dia em que
torcera o tornozelo e fora carregada por ele.
– Agora que já terminou de me
contar, é melhor ir se arrumar. – Jéssika falou, arrancando Eloise de seus
devaneios.
Enquanto a amiga se vestia,
Jéssika e Harumi prepararam algo para que ela comesse. Engoliu rapidamente o
sanduíche e durante esse tempo, Jéssika fez uma trança embutida em seus cabelos
emaranhados.
– Meu carro ficou no Parque. –
Eloise contou – Tive que voltar de táxi.
– Sem problemas, eu levo vocês
duas. – Jéssika ficou feliz em poder ajudar à amiga.
~ ~
– Eh, Matsujun, levante! – Nino
bateu sem delicadeza alguma nas costas do mais novo.
– Já? – Jun balbuciou, sonolento.
– Ei baka, levante logo! – Aiba
reclamou, aproximando-se do amigo adormecido.
– Levante logo e se arrume pra
ver a Ise-chan! – Sho falou enquanto calçava os tênis. Ao som do nome da guia,
Jun levantou em um pulo.
Todos os outros, já vestidos,
disseram que esperariam por ele no salão e em seguida tomariam café da manhã
juntos. Jun lavou-se e vestiu-se confortavelmente, sabendo que a atividade do
dia seria o arborismo e também a última atividade com a guia dentro do Parque.
Nos dias seguintes, gravariam nos mesmos lugares que já tinham ido, mas sem
Eloise.
Desceu pelas escadas, pensando
no cheiro da moça e a profundidade de seu olhar.
– Como demorou! – Nino reclamou,
fechando o DS.
– Tinha que me arrumar né? – Jun
falou – Afinal hoje é o ultimo dia com a Ise-chan.
– Como se fosse realmente o último.
– Sho caçoou do amigo – Ela prometeu nos levar a outros lugares quando
terminarmos de gravar.
– Eu não me lembro dela ter dito
isso. – Aiba falou, tentando lembrar-se.
– Você estava no banheiro Aibaka.
– Ohno falou, ao perceber que Aiba começava a ficar apavorado.
– Ai, que alívio! Pensei que
tinha bebido tanto que não conseguia me lembrar. – Aiba expôs sua preocupação.
– Fique calmo Aiba-chan, você
não fez nada de vergonhoso. – Sho lembrou.
– Além de perseguir a Ise-chan
até que ela caísse na piscina, né? – Jun emendou, sem perder a chance de fazer
com que Aiba se sentisse culpado.
– Vou me desculpar, eu prometo!
– Aiba falou, diante da expressão ameaçadora de Jun.
– Ela estava realmente bonita
ontem, não é? – Ohno elogiou-a, lembrando-se de como o vestido lhe caía bem.
– Ela é sempre bonita! – Jun
falou, corrigindo o líder.
– Verdade! Até com o camisetão
do Matsujun ela estava maravilhosa. – Aiba falou, percebendo, em seguida, a
cara de Jun, que nem tentava esconder os ciúmes.
– Vamos tomar café antes que o
Jun-kun acabe batendo no Aibaka. – Nino conduziu-os até o restaurante.
~ ~
– Eu não acredito que vou ter
que fazer arborismo duas vezes! – Sho reclamou quando saíam do Hotel. Eloise
ainda não estava esperando-os.
– Calma Sho-chan. É treinamento!
Você sabe que é para o seu bem! – Jun acalmou-o, rindo baixinho em seguida.
– Sei que é, mas eu tenho medo!
– Sho reclamou.
– Prometo que não vou deixar o
Jun te empurrar dessa vez, Sho! – Eloise falou, aparecendo logo atrás deles.
– Se você diz que promete, vou
confiar. – Sho falou, sorrindo.
– Ohayou minna! – Eloise
cumprimentou-os.
– Ohayou gozaimasu! – os cinco
responderam em uníssono.
– Me avisaram agora de manhã, –
Eloise começou – que vou ter que acompanhá-los durante as gravações. Ah, e
também que essa noite será a ultima de vocês nesse hotel.
– Como assim? – Aiba fez a
pergunta que nenhum deles conseguiu fazer.
– Quem falou pra você? – Ohno
perguntou.
– Nós vamos embora mais cedo? –
Jun mostrou toda sua infelicidade.
– Um assistente do chefe de
vocês falou com meu superior. Ele perguntou se eu poderia acompanhá-los... –
Eloise esclareceu.
Diante das caras de pânico dos
cinco, ela prosseguiu, apresentando o cronograma que lhe fora passado.
– Amanhã bem cedo vamos começar
a refazer todas as trilhas com as câmeras, e eu bem escondida atrás delas, é
claro. Teremos que refazer tudo em um só dia e passaremos a noite acampados em
barracas de verdade, armadas em meio à mata fechada.
O silêncio perdurou mais alguns
segundos enquanto todos absorviam as informações, sendo quebrado novamente por
Eloise, no que mais parecia um monólogo.
– Sei que é diferente de tudo
que já fizeram, mas lhes asseguro que vai ser legal! Eu posso trazer meu violão
e podemos tocar e cantar em volta da fogueira depois que as câmeras forem
desligadas. E podemos improvisar um churrasco também. – Eloise lembrou-se das
palavras de Jun no ônibus a caminho do outro acampamento.
Ao som das palavras “violão”,
“fogueira” e “churrasco”, todos se empolgaram e começaram a falar ao mesmo
tempo.
– Eu topo! – disseram juntos.
– Então vamos cumprir nossa
tarefa agora! – Eloise encorajou-os, completando mentalmente com “o chefe deles
não tinha dado escolha em recusar mesmo...”.
Continua...
Omedetou Ise chan!!! Não vejo a hora de ler os próximos capítulos... é uma pena que leve tanto tempo pra escrever... e, quando a gente começa a ler passa tão rapidinhoo >.<
ResponderExcluirJúlia Vicheti
Pior que nem demora tanto pra escrever, mas é que eu sou chata, aí passo dias pensando pra daí colocar no papel, e depois de escrito tem que ser digitado pra mandar revisar. Ou seja, é trabalhoso. Realmente me desculpe por ser tão lerda, vou me esforçar pra escrever o 12 rapidinho :)
ExcluirQue bom que está gostando e obrigada por comentar! :)
Ise-chan... realmente.... vc escreve muuuuito bem XD
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