sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

I'm Back!! ~

Olá! ~




Estive pensando nesse post há algum tempo e er, mesmo assim, ainda não sei bem o que escrever.
Comecei 2013 com um sonho e me dizia determinada. Sonhei com uma vaga na USP, para jornalismo. Disse que iria estudar como se não houvesse amanhã, e que agarraria minha vaga com as duas mãos.
É, não foi bem assim. Prometi começar no dia seguinte, e no dia seguinte ao seguinte, e então depois do carnaval, e na semana seguinte, e depois das férias de julho... Nunca comecei. Prestei alguns vestibulares e não estive nem perto da minha vaga em universidade pública nenhuma.
                E foi aí que tive que repensar meus preconceitos e meus sonhos. O maior motivo de eu querer estudar fora era, obviamente, sair de casa; e outro grande motivo era meu enorme preconceito para com a única universidade que oferece o curso que eu quero aqui na minha cidade.
                Pensando nesse ano de um modo geral e bastante abrangente, a única decisão da qual eu não me arrependo, foi de ter voltado com o Matheus (meu ex... e agora, meu atual namorado). Já estamos juntos (de novo) há quase 6 meses, e todos os momentos que passei com ele, foram os melhores do ano.
                E foi por ele (em grande parte) que eu aceitei ficar aqui e estudar. Afinal, é o aluno que faz a universidade, não? Então, é aqui mesmo que ficarei e me esforçarei para ser uma boa jornalista num futuro próximo. Já estou devidamente matriculada e aguardando ansiosamente pelo começo de 2014.


                Agora, algumas explicações:
                # estive sem postar por taaaaanto tempo, porque estava praticamente sem acesso à internet; até julho eu tinha somente 1 hora semanal, e depois disso, ganhei um celular novo (finalmente) e o acesso melhorou, mas ainda assim, era complicado.
                # parei com as fics porque me enrolei; faltou criatividade e apoio... mas estou pensando em retomar meus projetos, começar outros e em breve aparecerei com novidades.

                Sobre o fim do Ensino Médio:




                Sinto muito, ensino médio, mas não sentirei sua falta. Toda a pressão sofrida nesse ano, abalou até mesmo algumas amizades... e fortaleceu algumas. Os alunos sobreviventes(?) do Alfa que faleceu se uniram! Sentirei falta de cada um de vocês, mas não das aulas intermináveis de química, física, matemática, e até das de literatura e gramática que eu tanto gostava.
                Sentirei sim, falta do grilinho das aulas chatas, do carrinho de corrida, do elefante, da galinha e até da capivara! Sentirei falta dos professores de gramática, história, geografia... dos que estiveram comigo até o fim, e até mesmo dos que eu deixei para trás.
                Eu sentirei, mas sei que é uma fase nova que está começando, e a partir de agora, tudo virá do tamanho do meu esforço. Torçam por mim, por favor. <3


                Sobre amigos:
                Nesse 2013, me afastei de alguns amigos, conheci alguns outros e fortaleci algumas amizades.
                Àqueles amigos de longe, que mesmo estando do outro lado do país e que me apoiaram em todos os momentos ruins, muito obrigada. E à aqueles que estão aqui comigo todos os dias e suportam minhas variações de humor e chatisses... vocês são guerreiros! Eu não me aguentaria! ~

                

E sobre o amor:
                Foi no dia 08 de dezembro de 2011 que tudo começou, e em maio de 2012, começamos um pausa (?) de um ano xD Em 24 de maio desse ano, nós voltamos, e acho que posso dizer que estamos começando de novo, do zero. Acho que uma relação com mais diálogo, confiança e amor (é, acho que posso dizer que é amor). Em resumo: I’m totally in Love <3



               
               
             E obrigada a todos que acompanham o blog (mesmo que sejam poucos!), eu sinto prazer em escrever e prometo voltar a fazê-lo com mais frequência.

                Beijos, Eloise Zanatto.



terça-feira, 17 de setembro de 2013

[Resenha] Mitral ~ O Esconderijo do Mundo - Thayane Gaspar Jorge

Mitral - O Esconderijo do Mundo 
Thayane Gaspar Jorge


Editora: MODO
ISBN: 978-85-65588-39-3
Páginas: 251
Ano: 2013
Edição: 1

Sinopse: Selena é uma adolescente americana que nutre um sentimento muito forte pelo seu melhor amigo, Lorenzo. Porém, eles se veem obrigados a se separar quando uma guerra devastadora começa nos Estados Unidos e se alastra pelo mundo inteiro. Sem saber quem são os inimigos, os aliados e pelo que lutar, as pessoas se alojam em bunkers chamados Mitrais. Dentro de um desses Mitrais, observamos Selena e seus familiares travarem uma luta diária com as reflexões que fazem a respeito da violência, religião, justiça, amor e amizade.
O mundo está acabando lá fora, mas a verdadeira batalha é manter vivo o que você sente por dentro.


Minha Opinião:
Não se sabe o motivo da guerra ou de onde veem todos os tiros e mísseis que destroem o mundo de Selena. As pessoas foram colocadas em fortificações subterrâneas chamadas Mitrais, e dentro deles, elas enfrentam seus medos, questionam a si mesmas sobre suas vidas e veem o tempo passar com as mãos atadas, esperando a guerra acabar enquanto são consumidas pelo medo.

Selena foi separada de Lorenzo, seu melhor amigo (talvez algo mais) e os dias no Mitral a fazem usar de toda sua coragem para ajudar uma amiga que não conseguira entrar. A cada vez que sai do Mitral os rastros da desgraça e destruição estão mais visíveis nas ruas de sua vizinhança e do mundo.

Entre toda uma confusão de sentimentos trazidos pela guerra e a perda de entes queridos, Selena luta para encontrar sua coragem.


Seguindo os passos de "Princesa de Gelo", Thayane nos trás uma narrativa que leva em conta todas nuances de sentimentos dos personagens e com a ajuda de um caderninho azul, Selena nos ajuda a visualizar os personagens secundários com mais clareza. Aí vem a grande sacada do livro: o romance não está em primeiro plano. A guerra, os questionamentos, o valor de uma amizade, além dos laços familiares, ganham as páginas te incitando a procurar por uma solução, uma salvação.


Existem sinais somente das coisas que já aconteceram, e não das coisas que viriam acontecer. Havia sinais da guerra em todo lugar e, quando estávamos nela, não havia sinais de que a paz viria."  Página 225


No frenesi de terminar o livro logo, sinto que deixei passar muita coisa da profundidade dessa história maravilhosa. 

Mitral é super recomendado! <3


OBS: Apesar de linda, a diagramação deixou a desejar de novo, e a revisão também! ~Olho nisso, MODO!!


Beijos, 
Eloise Zanatto

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

[Fanfic] Maboroshikutemo - Capítulo 6



Capítulo 6 - Ashita no Kyoku
               
                Enquanto dirigia até o hospital, Yuuki deixou escorrer as lágrimas que contera frente à Jun. Eram lágrimas de pânico em vê-lo naquela situação, e em parte, de alívio por tê-lo ajudado. Quando a ambulância chegou a casa dele, Jun em momento algum soltou a mão de Yuuki. Ela pôde ver que ele estava com dor, mas mais que isso, com medo.
                Antes de entrar no hospital, tratou de acalmar-se. Limpou as lágrimas e retocou a maquiagem, mantendo sua fachada impassível. Demorara tempo demais para construir essa imagem, e esse era o momento em que mais precisava mantê-la.
                Uma hora inteira se passara desde que se sentara num dos desconfortáveis sofás da sala de espera, quando um médico veio em sua direção.
                – Você é Maeda Yuuki? – ele aproximou-se mais, falando baixinho.
                – Hai... – Yuuki respondeu, levantando-se.
                – Matsumoto-san disse que estaria aqui. – o médico sorriu.
                – Sensei, como ele está? – assim que ouviu o nome de Jun, não pôde se conter.
                – Está medicado. – informou, parecendo cansado.
                – Eu posso vê-lo? – as perguntas saíam por sua boca antes que se desse em conta.
                – Venha comigo. – o médico virou-se em direção ao corredor de onde viera – Ele passou por uma série de exames e diagnosticamos pneumonia .
                – Ele vai ficar bem? – Yuuki sentiu uma pontada de pânico.
                – Certamente. Veremos como o quadro dele evolui. – parou em frente a um quarto – Mas devo adiantar que a recuperação necessita repouso. Não o acorde, ele precisa descansar.
                – Sensei, suponho que o senhor saiba que precisamos de sigilo absoluto, não? – Yuuki segurava a maçaneta, pensando na reação da imprensa.
                – Hai. Todo o corpo médico foi devidamente orientado. – sorriu – Mais tarde eu volto para ver como ele está.
                Observou-o seguir até o fim do corredor e então entrou no quarto. Uma máscara de oxigênio cobria parte da face de Jun. Yuuki aproximou-se, e com um movimento delicado, afastou os cabelos da testa dele.
                A imagem que tivera dele era de uma pessoa ambiciosa e fria, focado em seu objetivo e pronto para derrubar qualquer um que entrasse em seu caminho. Vê-lo naquela situação a deprimia.
                Inconscientemente, colocou sua mão sobre a dele e começou a praguejar em mandarim. Sentiu-o apertar seus dedos e viu que seus olhos estavam semiabertos.
                – Pare de xingar. – Jun murmurou, a voz abafada pela máscara.
                – Volte a dormir. – ela sussurrou, soltando a mão dele e sentando-se na poltrona ao lado da cama.
                – Arigatou. – ele sussurrou de volta, fechando os olhos novamente.

                Yuuki acabou adormecendo ali mesmo, e acordou com o dia amanhecendo, o corpo dolorido pela noite mal dormida. Com o susto da noite anterior, ela se esquecera de avisar ao chefe. Levantou-se num salto e seguiu até a porta, detendo-se por um segundo, para observá-lo dormir profundamente. Saiu alisando a saia com as mãos e discando apressada, o número de Johnny Kitagawa.
                Entrando em seu carro, Yuuki informou ao chefe sobre o internamento de Jun, evitando os detalhes sobre como entrara em sua casa e o encontrara. Ele pediu que ela seguisse para a empresa depois de se lavar, que ele passaria no hospital, ver a situação.
                No caminho para casa, Yuuki ouviu o celular tocar. Parou no acostamento e revirou a bolsa em busca do aparelho. Não era o seu que tocava. Retomou a busca e tirou um iPhone branco de dentro da bolsa. Só podia ser de Jun, que ela colocara sem querer na bolsa, no meio da confusão do dia anterior.
                – Hai, Maeda desu. – atendeu, sem pestanejar.
                – Maeda-san? – Aiba estranhou, olhando em seu celular se havia ligado certo – Por que está com o celular do MatsuJun?
               
                Aiba usava boné, óculos escuros e máscara descartável enquanto esperava pelos outros. Sho fora o primeiro a chegar, seguido por Nino e Ohno, todos igualmente disfarçados. Num momento como este, o ideal era não chamar a atenção.             
                – Ano... Será que ele não vai ficar bravo? – Aiba falou baixinho, enquanto esperavam pelo elevador.
                – Se ele vai ou não, não importa. – Sho sussurrou – Agora já estamos aqui.
                – Mas e se ele ficar bravo? – Aiba repetiu, entrando no elevador.
                – Masaki, ele não vai ficar bravo. – Nino acalmou-o – Acho que ele ficaria bravo se não viéssemos.
                – Kazu tem razão. – Ohno sorriu.
                Os quatro seguiram até a recepção, e ainda disfarçados, perguntaram por Jun. As atendentes entreolharam-se e disseram que não havia ninguém com esse nome ali. Tiraram as máscaras e os óculos discretamente e apresentaram-se aos sussurros. Com os olhos arregalados, uma das atendentes informou-os o quarto em que Jun estava e em qual direção deveriam seguir.
                – Viram as caras delas? – Nino riu, andando a frente dos outros.
                – Foi engraçado. – Sho ajeitou o boné – Nunca perde a graça, né Riida?
                – Hai. – Ohno concordou, mas parecia preocupado – Minna, vai ser difícil agora.
                – Ele vai ficar bom logo, Riida. – Aiba tentou tranquilizá-lo e deu alguns tapinhas nas costas de Ohno, mas não conseguia disfarçar sua própria preocupação.
                – Olha, aquele não é o quarto dele? – Sho apontou para uma porta de onde saía um médico.
                – Deve ser. – Nino deu de ombros.
                – Sensei! – Aiba apressou o passo para alcançar o médico.
                – Hai? – o médico virou-se, observando os quatro.
                – Arashi no Aiba Masaki desu. – Aiba curvou-se – Como ele está?
                O médico hesitou por alguns segundos, até que Aiba tirasse novamente os óculos e abaixasse a máscara.
                – Ele está respondendo bem aos medicamentos. – sorriu – A febre cedeu.
                – Sensei, ele vai ficar bem? – Aiba insistiu.
                – Não se preocupe! Ele é jovem e forte, vai ficar bem sim. – o médico falou, confiante, e afastou-se em seguida.
                – Estamos entrando! – Nino falou, enquanto abria a porta, sem cerimônia.
                Com os olhos semiabertos, Jun assustou-se ao vê-los entrar. A máscara de oxigênio havia sido retirada e ele respirava com alguma dificuldade ainda.
                – O que estão fazendo aqui? – Jun falou baixinho.
                – Exatamente o que parece. – Nino começou, sorrindo – Viemos ver como está.
                – Estou com sono. – Jun sorriu.
                – Riida, deve ser algo muito sério! – Nino sussurrou para Ohno – Ele está até brincando!
                – Estou com sono, mas não estou surdo! – Jun reclamou, ajeitando-se na cama.
                – Mau humor detectado. – Nino analisou – Ele está bem.
                Os outros riram, inclusive Jun.
                – Mas como foi que descobriram? – Jun ainda tinha um sorriso nos lábios.
                – Eu liguei pra você e a Maeda-san atendeu. – Aiba contou, ainda preocupado, mas tentando manter a atmosfera calma.
                – Eeeeeeeh?! Meu celular está com ela? – Jun estranhou.
                – Ela disse que deve ter colocado sem querer na bolsa, ontem, na confusão com a ambulância.
                – Faz sentido. – Jun lembrou-se da expressão dela ao entrar no quarto e não pôde deixar de se sentir envergonhado pela maneira como se agarrara à mão dela.
                – Então, ela nos falou que estava aqui. – Aiba continuou.
                – Só isso? – o sangue subiu todo para as bochechas de Jun, ruborizando.
                – Hai. Tinha mais alguma coisa? – Nino sorriu, debochado.
                – Ah, iie. – Jun negou veementemente.
                Antes que Sho pudesse dizer qualquer coisa, seu celular tocou e ele saiu discretamente.
                – Hai, Kumiko-san? – Sho atendeu, fechando a porta atrás de si e abafando a conversa.
                – Minna, hontou ni gomenasai. – Jun falou. Era a primeira vez, em quase 14 anos, que sentia que realmente deveria se desculpar pelo transtorno que estava causando.
                – Daijobu, Matsumoto. – Nino sorriu, lembrando-se das vezes em que Aiba ficara hospitalizado e da maneira que Jun se desdobrava para cobrir os compromissos dele.   
                – Não se desculpe! Só fique bom logo! – Aiba falou, lembrando-se do que Jun dissera a ele, menos de dois anos atrás, quando ficara internado pela última vez.
                – Se esforce para ficar bom! – Ohno sorriu, enquanto Sho entrava novamente no quarto.
                – Ano...Matsumoto, temos que ir. – Sho não conseguia esconder sua apreensão – Voltamos mais tarde.
                Jun sabia que outra reunião havia sido marcada para reorganização das agendas e os outros deveriam se desdobrar ainda mais para cobrir Jun. Ele lembrou-se de quando Aiba ficara doente, e de como todos raramente conseguiam tempo para dormir enquanto ele não estava 100% recuperado.
                – Arigatou por virem! – Jun falou, alto o suficiente para que todos o ouvissem enquanto deixavam o quarto.
                – Gambatte! – Aiba exclamou, fechando a porta atrás de si.

                – Sho-chan, ele se desculpou! – Aiba contou, ainda surpreso com a atitude de Jun.
                – Hontou? – Sho ficou boquiaberto.
                – E agradeceu por virmos também. – Ohno observou.
                – Vindo dele, é estranho né? – Sho comentou, seguindo até seu carro – Riida vem comigo?
                – Hai. – Ohno seguiu-o. Como não tinha carteira de motorista, invariavelmente pegava carona com um deles, ou tomava um taxi.
               
                Após a saída dos quatro, Jun finalmente rendeu-se aos remédios e caiu no sono novamente. Seu quarto quase parecia uma estação de trem: Yuuki saíra com o dia amanhecendo, ele nem pôde vê-la; Johnny Kitagawa estivera ali cedo, assim que Jun havia acordado, e como este ainda estava com a máscara de oxigênio, o chefe disse algumas palavras sobre cuidar de sua saúde e saiu em seguida.
                Depois de ignorar por completo a comida que lhe fora servida no almoço, Jun lembrou-se de seu celular. Chamou a enfermeira, e com um sorriso amarelo no rosto, pediu se ela poderia arrumar um telefone para ele. Poucos minutos depois, a jovem enfermeira voltou para o quarto com seu próprio celular em mãos e entregou para ele, pedindo para chamar quando terminasse de usar, e deixando o quarto em seguida.
                Jun discou o próprio número, e aguardou. Chamou até cair.
                – Pega meu celular e nem me atende! – praguejou, enquanto discava novamente.
                Hai, Maeda desu. Yuuki atendeu no segundo toque.
                – É assim que atende o celular dos outros? – Jun rosnou, um sorriso involuntário em seu rosto.
                – Matsumoto-san! – exclamou.
                – Eu mesmo. – grunhiu – Vai trazer meu celular de volta? – o que ele realmente queria saber, era se ela viria vê-lo novamente, mas seu orgulho jamais permitira que admitisse isso.
                – No fim do dia – começou – se tudo correr bem. – deu um longo suspiro – Precisa de alguma coisa?
                –  Iie, arigatou. – sorriu – Só do meu celular mesmo.
                – Então, matta ne. – desligou.
                Devolveu o celular à enfermeira, exibindo outro largo sorriso e depois deixou que sua mente vagasse até que pegasse no sono novamente. Acordou com o médico checando o medicamento no soro e em seguida, Nino e Aiba chegaram.
                – Mas já voltaram? – Jun sorriu ao vê-los ali.
                – São quase nove da noite! – Aiba constatou, olhando em seu relógio de pulso.
                – Nem percebi que dormi por tanto tempo. – Jun reclamou.
                – É normal dormir bastante. – Nino zombou – Lembra do Aiba-chan?
                – Um dos pré-requisitos para um doente profissional é dormir muito. – Aiba sorriu – Medicamento forte dá sono mesmo.
                – Hum. Mas e aí, como foi hoje? – Jun não conseguiu esconder a curiosidade.
                – Tivemos algumas reuniões e decidimos adiar algumas gravações. Nós não podemos fazer sem você, então, trate de melhorar! – Nino comentou.
                – Gomenasai. – Jun sussurrou.
                – Ei! Nunca pediu desculpas na vida! Não vá gastar todas elas agora! – Aiba brincou, colocando uma sacola sobre a cama – Toma, algumas revistas e mangás pra você ler.
                – E aqui, meu DS. – Nino entregou para Jun – Cuide dele com sua vida, e me devolva depois!
                – Kazu, você nem joga mais nesse! – Aiba constatou.
                – Não importa! É meu e eu quero de volta. – Nino rosnou para Aiba.
                – Eu devolverei inteiro. Arigatou, minna! – Jun sorriu.
                Mesmo com sua personalidade ruim, os outros o estavam tratando do mesmo modo que trataram Aiba quando este adoecera. Talvez eles o vissem como um amigo, afinal. Era tocante isso, considerando que eles trabalhavam como doidos durante todo o dia e ainda davam um jeito de cuidar dele durante a noite.
                Logo, os dois se despediram e deixaram o quarto, prometendo voltar no dia seguinte. Jun queria estar acordado quando Yuuki chegasse, para que pudesse, ao menos, agradecê-la direito, então, abriu o DS e começou a tentar jogar com a mão boa.
                – Poxa, que falta de consideração, Kazu! – Jun resmungou, percebendo que jamais conseguiria jogar com uma mão só, mesmo que fosse a direita.
                Sorriu, largando o DS e abrindo um dos mangás de Aiba. Era o último volume de um shonen que ele acompanhava, então, jogou-se na leitura. Mesmo que estivesse sem lentes, seu problema era para enxergar longe, portanto, conseguia ler perfeitamente. Quando estava nas últimas páginas, uma enfermeira mais velha entrou no quarto e aplicou a medicação novamente.
                – Hora de dormir – a enfermeira sussurrou baixinho, saindo do quarto.

                Quando Yuuki chegou ao quarto, Jun tinha o mangá aberto sobre seu peito, vários travesseiros atrás das costas, de modo que estava quase sentado e dormia profundamente. Ela retirou alguns travesseiros, deitou um pouco mais a cama, fechou o mangá, tomando o cuidado de marcar a página, e cobriu-o melhor.
                Passara em casa antes de vir, e como sabia que acabaria dormindo por ali, tomou um banho e comeu algo. Ele parecia bem melhor sem a máscara de oxigênio, e sua respiração parecia mais uniforme, o que a tranquilizou.
                Novamente, afastou o cabelo dos olhos dele, e depois de uma boa olhada, sentou-se na poltrona desconfortável, retirando os sapatos e soltando os cabelos. Em poucos minutos pegou no sono, observando a respiração irregular de Jun.
                Saiu com dia clareando, observando-o ressonar calmamente, e lembrando-se de deixar o celular sobre a mesa de cabeceira.

                No segundo dia, Sho trouxe revistas, jornais, alguns livros; Ohno trouxe uma revista de pesca, contando alegremente sobre uma das matérias que lera; Nino tentou provar para Jun como era possível jogar com uma só mão, falhando miseravelmente e Aiba trouxe outros mangás, visto que Jun lera todos. Johnny Kitagawa voltara, pedindo que não deixasse sua saúde de lado, e que se esforçasse para ficar bom, porque o Arashi precisava dele.
                Jun não sabia se Yuuki viria novamente, mas ele tinha certeza de que ela havia dormido ali, na noite passada também. Ele sentiu que ela o arrumava na cama, mas não conseguira nem abrir os olhos. Ele ouviu quando ela saiu, pela manhã, mas tampouco conseguiu acordar. Torceu para que ela viesse novamente e pediu para que deixassem um cobertor sobre a poltrona.
                Folheava uma das revistas de economia que Sho trouxera, quando a enfermeira velha entrou novamente, e aplicou a medicação. Quando ela disse “Hora de dormir”, Jun sorriu, pensando que, como dormira ainda mais nesse dia que no anterior, o medicamento não o afetaria tão rapidamente.
               
                Yuuki passara o dia todo pensando se deveria ir e, por fim, resolveu que não conseguiria dormir em casa. Não conseguia nem explicar o motivo, mas sentia que deveria dormir com ele no hospital. Ao chegar, deparou-se com ele na mesma situação que no dia anterior, e cuidadosamente arrumou-o na cama.
                Havia um cobertor sobre a poltrona em que dormira nas duas noites anteriores e tratou de puxá-lo sobre si. Os dois últimos dias haviam sido terríveis na Johnnys e a calmaria do hospital a agradava. Observar o peito de Jun subindo e descendo a acalmava e novamente adormeceu olhando para ele.
                Quando saía do quarto, ao amanhecer, topou com uma senhora no corredor. Tinha mais de 50 anos, certamente, mas parecia muito nova, e era muito bonita. Sua face estava marcada por linhas de preocupação, e andava rapidamente em direção ao quarto de Jun.
                Antes que saísse do hospital, seu celular tocou estridente.
                – Hai, Maeda desu. – atendeu.
                – Yuuki, cubra sua face! Não deixe que ninguém te veja! – Johnny falou, nervoso – E venha para minha casa. Não vá para a JE!
                – Tio, o que aconteceu? – Yuuki estranhou, mas puxou os óculos de sol da bolsa e colocou em sua face, atendendo ao pedido do chefe.
                – Yuuki, vazou para a mídia. Estão todos atrás de você. – ele parecia apavorado – Você está nas capas de todas as revistas.

                Continua...


E que venham outros 30, pelo menos!

Quando o fim do mês de agosto se aproxima, começo a me perguntar que dia devo começar a comemorar. É, tenho problemas com fuso horário e datas.



Jun nasceu dia 30 de agosto de 1983, o que, segundo meus cálculos de fuso horário, me permite começar a comemorar no dia 29 de meio-dia. Mas como gosto demais, começo uma semana antes, e paro uma semana depois. õ/
               
Sim, seus cálculos não estão errados! Esse ano, o caçula do Arashi está completando 30 anos!
 Desde o ano passado, Jun vem se mostrando preocupado com o passar do tempo. Parece que alguém teme chegar na casa dos 30.





Em sua carta do 24 Hrs TV do ano passado, Jun falou sobre isso:

Para o meu eu do futuro. Que tipo de futuro irá me aguardar? Mal posso esperar por meus dias, na faixa dos 30. Quero fazer coisas para as pessoas, porque somos apoiados por muitas pessoas. Quero empurrar nosso apoio para pessoas em quaisquer situações, ou quando estão com problemas. Quero fazer um futuro brilhante. Farei isso.”





No Enjoy vol. 100, ele também não deixou passar o tema:

“Ontem começou o Waku Waku Gakkou!
Esse é o terceiro ano que participamos.
Esse ano apresentaremos lições interessantes!
Minha lição esse ano será "Tic Tac", uma lição sobre tempo.
Quero mostrar a importância do tempo para desfrutar nossa vida, que daqui por diante precisamos ter o tempo como algo precioso.
Espero fazer com que pensem assim  (^ _ ^)

(...)
A primeira metade do ano se passou
Um momento (° _ °)
Isto que dizer que aproveitei?
Provavelmente sim lol"





Enjoy vol. 99, falou sobre se exercitar:

“Faz pouco, mencionei...
que comecei a me exercitar
Decidido a...
Este ano marcará o começo de uma nova etapa na minha vida
A partir de agora, quero ter a força adequada para cantar e dançar.
Tive oportunidade de pensar nisso, pensei e decidi fazer algo a respeito.
Assim, tenho a ajuda de um treinador, uma alimentação adequada e uma rotina de exercícios.
Fazendo essas coisas, com uma postura muito reta, tanto física como mentalmente.
Ainda que não exista uma oportunidade para que vejam meu corpo (risos)
Realmente quero me exercitar.




É, ele realmente está se cuidando XD Mas algo me diz que logo ele arrumará um jeito de mostrar o corpo malhado, afinal, o AraFes está chegando!


                Esse ano, também, Jun aproveitou a Golden Week para viajar para o exterior. Ano passado, foi para Madri e esse ano, Europa de novo. 

QUANDO É QUE VOCÊ VEM PARA O BRASIL, EIN JUN? POXA, TÔ TE ESPERANDO PARA TE LEVAR NUM TOUR PELAS CATARATAS!


Enjoy vol. 98:

"A Golden Week começou!
Abril, foi positivo para meu estudo!
Pude ver peças, filmes, concertos!
Ainda,
Assim como no ano passado, fui para o estrangeiro!
Ainda que no ano passado fui estudar em Nova York.
Desta vez fui para Paris e Londres...
Foi minha primeira vez em Paris e Londres, foi uma viagem emocionante!
Fui ver apresentações ao vivo, apreciei o Museu de Arte...
Em Paris, pude ir ao Museu de Arte de Louvre, se pode sentir a história em casa rua da cidade.
O ambiente parisiano estava muito bom. (risos)
Em Londres também pude sentir sua história e cultura...
Como a Abadía de Westminster e o Big Ben, foi muito agradável visitá-los!
Ainda desde Arte ao entretenimento, realmente foi uma viagem que me estimulou!
Todo esse estimulo me trouxe inspiração, que quero mostrar no futuro com o Arashi.
(^0^)"

              
  Mesmo estando preocupado com o tempo, parece que os anos não passam para ele, e a cada dia, parece mais jovem. Isso é possível? Esse ano mesmo, surgiu um photoset para uma revista, em que ele e Nino, pareciam adolescentes de 17 anos!

                




Olha a carinha redonda dele, quando realmente era criança:




E, voltando ainda mais no tempo, olhem que bebê mais apertável!!





Sem dúvida alguma, esse bebê se tornou um belo homem, que, diga-se de passagem, tem montes de fãs em todo o mundo.




Mas, ao lado do Arashi, Jun ainda é o mesmo baka que era aos 17 anos!





Cada vez que atua, Jun traz mais fãs para si e para o Arashi (eu mesma, foi assim!).


O rebelde Sawada Shin, em Gokusen (2002)





O filhinho-do-papai Bon, em Pikanchi (2002/2004)



O mais adorável Petto (Goda Takeshi), em Kimi wa Petto (2003)





O eternamente teimoso Domyouji Tsukasa, em Hana Yori Dango (2005/2007/2008)






O cozinheiro bipolar Ban Shogo, em Bambino! (2007)




O cara-que-pega-a-irmã-gêmea, Yori, em Boku wa Imouto ni Koe wo Suru (2007)




O pai doente (que me arrancou litros de lágrimas) Yamaguchi Hayato, em Myuu no Anyo Papa ni Ageru (2008)




O cara-que-nunca-tomou-banho, em The Last Princess (2008)




Seu choro desesperado como Hayakawa Bito, em Smile (2009)




O motoboy bonitão, Goto Nozomu, em Saigo no Yakusoku (2010)



O ator ruim, Kusunoki Taiga, em NatsuNiji (2012)




E, finalmente, o detetive-projeto-de-vagabundo, Tokita Shuntaro, em Lucky Seven (2012/2013)





É, são muitos doramas e filmes pra só 30 anos! E olha que esses são só os mais marcantes! ~ Só de fazer essa retrospectiva, deu vontade de ver TUDO de novo!


Agora, deixando de lado esse Jun-ator, o Jun-cantor/dançarino/apresentador, também nos surpreende a cada dia. Porque apesar de sua voz anasalada e seu corpo "minhocado" (como costumo me referir à flexibilidade estranha de Jun), ele é bom no que faz!


O DJ que anima os shows do Arashi (Jun arrumou um novo hobbie, é?)




A mania de abrir/tirar a blusa durante o show (geralmente nos solos) e mostrar as costelas o peitoral.




E sem contar, que Jun era, sem dúvida alguma, a pipoca mais animada no Popcorn!





AAAAAH, Jun, há tanto a se falar sobre você! 
Mas acho que já consegui provar que seus 30 anos de vida foram muito proveitosos e que se os próximos 30 forem como esses que passaram, não há com o que se preocupar.

Então, Jun, fique calmo, curta a nova fase de sua vida e continue nos trazendo entretenimento e nos fazendo rir.



Feliz aniversário, seu eterno baka!



Beijos,
Eloise Zanatto.