sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

[Fanfic] Dear Sun - Capítulo 32




Capítulo 32

                – O que você vai fazer? – Aiba assustou-se.
                Jun o deixara na sala, correndo até seu quarto, e quando Aiba deu-se conta que estava sozinho, foi atrás do amigo. Este estava com seu celular nas mãos, discando rapidamente.
                – O que vai fazer? – repetiu, enquanto Jun colocava o telefone no ouvido.
                Jun ignorou-o, esperando ser atendido.
                – Quando sai o próximo voo para o Brasil? – ele perguntou à atendente da companhia aérea enquanto puxava uma pequena mala de seu guarda roupas e a colocava sobre a cama.
                Enquanto resolvia todos os detalhes da viagem, Jun corria de um lado para o outro do quarto, colocando suas roupas dentro da mala, Aiba encostado ao marco da porta, observando-o sem saber o que fazer.
                Quando o amigo finalmente jogou o celular sobre a cama e puxou o zíper da mala, Aiba sentou-se aos pés da cama, olhando-o curiosamente.
                – Tem certeza que deve ir? – perguntou.
                – A mais absoluta certeza. – sentou-se ao lado de Aiba – Elas precisam de mim... Mesmo que não saibam disso.
                – Quando sai seu voo?
                – Em 6 horas e meia. Dá tempo de avisar ao chefe. – Jun pensou novamente sobre sua decisão, e concluiu que estava fazendo o melhor indo até lá – Ele não vai criar problemas.
                – E o visto? – Aiba lembrou.
                – Obrigada por lembrar! Com um telefonema resolvo isso. – Jun novamente pegou o celular, discando o número de um ex-colega de classe seu que trabalhava no consulado.
                Aiba afastou-se de Jun e foi até a janela do quarto do amigo, surpreso com a bela vista: a torre de Tóquio destacava-se de tudo ao seu redor, e, mais perto, cerejeiras esbranquiçadas mostravam sua beleza, iluminadas pelas luzes da cidade.
                – Tudo certo. – Jun declarou, deitando-se na cama e chamando a atenção do amigo. – Eu sabia que podia contar com ele.
                – O que vai fazer? – Aiba perguntou novamente.
                – Vou trazê-las comigo. – Jun sorriu, mostrando que já havia arquitetado todo um plano.
                – E se elas não quiserem vir?
                – Elas vão querer! – Jun respondeu, obsevando o primeiro raio de sol surgindo por entre os prédios – E isso me lembra que tenho que falar com o Sho-chan. Chame os outros.
                – Mas o dia nem amanheceu ainda! – Aiba protestou.
                – Não importa, preciso de todos vocês.
                Jun saiu do quarto com o celular em mãos. Parece que ele não vai sossegar até partir, Aiba pensou, discando o número de Ohno em seu próprio celular.
                Logo, os cinco estavam reunidos na sala de Jun. Sho, Ohno e Nino, confusos e sonolentos. Nenhum deles sabia o motivo de ter sido chamado àquela hora da madrugada, mas à menção do nome de Eloise, até mesmo Nino veio de boa vontade.
                Os quatro sentaram-se lado a lado e Jun em frente a eles não pestanejou em contar o que acontecera com Kenji. Cada um deles reagiu em diferentes níveis de choque, mas Jun não esperou que se recompusessem, logo contando seus planos.
                – Sho-chan, ela formou-se em jornalismo no fim do ano passado, é fluente em quatro idiomas e também é formada em turismo. Acha que consegue algo para ela no NEWS ZERO? – Jun disse rapidamente, esperando que Sho entendesse e pudesse lhe ajudar.
                – Olha, parece que precisam de alguém para a redação/tradução... Meio que uma faz tudo. Posso conversar com o chefe! – Sho lembrou-se de que ouvira sobre a dificuldade que enfrentavam para encontrar alguém para aquele cargo.
                – Perfeito! Acha que consegue confirmar isso antes que eu chegue ao Brasil? – Jun sentiu-se mais confiante.
                – Claro, antes que chegue a Dubai já terei a resposta. –Sho ficou feliz em ver que Jun finalmente reagira. Era bom tê-lo de volta.
                – Nino, Ohno e Aiba, podem, por favor, arrumar um apartamento para elas aqui por perto? – Jun sorriu – Diremos que é o apartamento da empresa, assim como o Aiba fez com a Jessie. Ah, e escola para a pequena também.
                – Em que ano ela está? – Nino finalmente falou algo, interessado em ajudar. Ele realmente sentira falta do MatsuJun que sempre organiza tudo.
                – Está com nove anos e o japonês dela é bom. Dentro de casa, só se fala em japonês. – Jun contou, alegre, lembrando-se que ela sempre lhe contava sobre o desempenho da filha no curso.
                – Tudo bem, eu cuido disso. – Nino concordou. – Gomen ne, Jun-kun, por ontem.
                – Eu que me desculpo por toda a preocupação que tenho causado a todos vocês. Gomenasai. – Jun curvou-se.
                – Jun-kun, levante-se! – Aiba pediu – Estamos felizes que esteja de volta, não precisa se desculpar.
                – Então, está nas mãos de vocês agora. Confio em vocês mais do que em mim mesmo. – curvou-se novamente – Jamais conseguirei agradecê-los devidamente. Agora, tenho que ir avisar ao chefe.
                Jun pegou as chaves do carro e saiu, deixando os amigos atônitos em sua sala de estar. No caminho, ligou para a secretária do chefe, que lhe informou que ele ainda estava em casa. Dirigiu cortando caminho até a casa de Johnny Kitagawa, onde nunca havia estado, munido somente de sua determinação.
                Não se assustou ao vê-lo ainda de pijama quando a porta foi aberta. Ainda era bem cedo, mas tinha pouco tempo. Johnny Kitagawa convidou-o a entrar e logo se sentou em um dos confortáveis sofás da grande sala do chefe.
                – O que houve? – Johnny inquiriu ao perceber a agitação de Jun.
                – Estou indo para o Brasil. – ele declarou corajosamente – Serão apenas alguns dias...
                – Você se lembra de quando eu disse que não iria mais interferir nas relações amorosas de meus meninos? – Johnny disse, e Jun balançou a cabeça afirmativamente – Sei que você deixou algo mal resolvido no Brasil.
                Jun levantou sua cabeça, olhando nos olhos cansados do chefe.
                – Darei todos os subsídios para que resolva isso! Não quero que acabe como eu: velho e solitário, remoendo um passado que jamais voltará.
                – Hontou ni arigatou gozaimashita. – Jun curvou-se na frente do chefe.
                – Vá logo, garoto. Eu cuido de tudo aqui. – o velho senhor puxou-o pelos ombros – Vá atrás do que é seu.
                Depois de agradecer novamente, Jun voltou ao seu apartamento. Os outros haviam saído, provavelmente para fazer o que ele lhes pedira. Olhou para a mala sobre a cama.
                – A pior mala que já arrumei em minha vida. Não vai sobrar sequer uma camisa sem amassar ali dentro.  – reclamou, arrancando sua própria camisa e entrando no banheiro.

*------------*

                Assim que Jun saíra, cada um deles foi fazer o que o lhes foi pedido e só então Aiba percebeu que Jun não lhe pedira nada. Lembrou-se que havia prometido no bilhete que deixara na cabeceira da cama que voltaria logo, então foi para a casa de Jéssika, animado para contar-lhe a decisão de Jun.
                Depois das três batidas, entrou no apartamento. Foi até o quarto e encontrou somente as cobertas reviradas sobre a cama.
                – Jessie? –chamou.
                – Estou aqui. – Aiba ouviu a voz fraca de Jéssika vindo da direção do banheiro – Mas não entre, por favor.
                Ignorando o pedido de Jéssika, Aiba abriu a porta do banheiro. Ela estava sentada no chão frio, encostada à parede em frente ao vaso, sua pele estava quase esverdeada. Antes que ele pudesse lhe perguntar o que havia acontecido, ela perdeu os sentidos, desmoronando sobre o piso frio do banheiro.

*------*

                Assim que saiu do banho, Jun deparou-se com Ohno, Nino e Sho em sua sala de estar. Eles o acompanhariam até o aeroporto. Jun vestiu uma roupa confortável, colocou um boné na cabeça, pegando sua mala e os óculos de sol.
                Foram juntos no carro de Sho, e Jun só percebeu que havia algo errado quando chegavam ao aeroporto.
                – Onde está o Masaki? – Jun perguntou assim que sentiu falta de Aiba.
                – Teve um probleminha com a Jessie, mas vai ficar tudo bem. Não se preocupe. – Sho disse, tentando não preocupar o amigo.
                –Tudo bem então, quando eu chegar a Dubai quero saber direitinho o que aconteceu, entendeu? – Jun falou, sabendo que estavam escondendo algo dele.
                – Pode deixar! – Ohno sorriu, colocando o boné e os óculos de sol.
                De fato, todos se preocuparam quando Aiba avisou-os que estava levando Jéssika para o hospital, mas decidiram fingir que estava tudo bem até que Jun partisse. Eles tinham medo que Jun desistisse de ir e depois ficasse se lamentando.
                A tensão de Jun era visível quando este entrou na sala de embarque, com a cara coberta por enormes óculos de sol e boné, assim como os outros, deixando-os para trás. A viagem seria longa e ele esperava que fosse tempo suficiente para que pudesse pensar exatamente o que dizer ao estar cara a cara com Eloise depois de tanto tempo.

Continua...

5 comentários:

  1. Nossa muito triste o Kenji ter morrido, mas acho que eh uma forma do Jun e Elo se verem de novo

    E a respeito da Jessie.... tenho minhas suspeitas já XD

    Ansiosa pelo próximo Cap ^^

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  2. Só posso dizer que adorei!!!!

    Bete

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    Respostas
    1. Fico feliz que tenha gostado, Bete. E também, por não querer me matar pelo que fiz ~

      Obrigada por comentar!

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  3. Lembrei o e-mail da minha conta e vim aqui comentar :D
    Estou gostando muita dessa fic,enquanto eu leio,na minha cabeça eu fico imaginando as cenas e tem horas que da ate vontade de chorar pq parece q vc esta vendo tudo oq acontece com o Jun e com a Eloise :'D
    Posso dizer q virei uma fã sua agora xD
    Amei essa fic e estou esperando ansiosamente pelos proximos capitulos
    Bjos :*

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  4. Eloo!! Depois de tanto vc me perguntar se eu tava lendo Dear Sun, e eu responder q tava esperando vc acabar de escrever, eh por causa disso. Vc disse q ateh eu chegar aqui, vc jah teria acabado de escrever, mas acho q nao foi bem isso q aconteceu, neah??
    To amando a historia <33 (apesar do Jun ter sofrido pra caramba.... tadinho), vc escreve mto bem e dá pra ver q a cada capítulo, melhora. Agora vai ter q ficar me aguentando te enchendo as paciencias, pq vou pedir capitulo novo tdo dia =P
    Qm mandou me mandar ler antes de acabar de postar tdo?? xDD

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