Capítulo 28
Jéssika
observava Harumi adormecida em seu colo quando ouviu a campainha tocar.
Levantou-se cuidadosamente, colocando a cabeça da pequena sobre uma almofada, a
campainha tocando insistentemente.
Ao
abrir a porta deparou-se com um grande buquê de flores do campo, que escondia a
face risonha de Aiba. Depois de passada a surpresa do presente e da visita, ela
convidou-o para entrar, orientando-o a manter silêncio para não acordar a
pequena.
–
O que está fazendo aqui? – Jéssika sussurrou, levando-o para a cozinha.
–
Vim passar o dia com você, afinal amanhã estarei indo embora. – o sorriso que
ele mantinha em sua face foi substituído por um beicinho.
Ela
aproximou-se de Aiba e segurou uma de suas mãos firmemente, enquanto a outra
envolvia sua cintura, puxando-o para perto de si até que seus corpos se
tocassem.
–
Eu vou sentir sua falta. – ela murmurou, encostando seus lábios nos dele em
seguida.
–
Vem comigo! – Aiba falou, quando conseguiu respirar novamente.
–
Não posso. – afastou-se, mantendo somente sua mão em contato com a dele.
–
Por quê? – ele inquiriu, sabendo que deveria haver um motivo aceitável.
–
Não posso simplesmente largar tudo, meu emprego, meus amigos, minha família e
ir pra um lugar desconhecido. Tenho que manter meus pés no chão, mesmo que isso
signifique ter que me esquecer do meu sonho, aquele mais impossível, que me
acompanhou por boa parte da vida. – Jéssika enxugou uma lágrima que escorria
por sua face.
–
Tudo bem, meu anjo, sei que é egoísmo meu te pedir isso. – Aiba sussurrou,
passando a mão no cabelo de Jéssika e sorrindo timidamente.
–
Não... não é egoísmo não! Mas é só que agora eu não posso deixar tudo pra trás.
–
Sabe, eu não posso prometer frequência, até porque tenho pouco tempo livre –
ele deixou que suas mãos deslizassem até a cintura dela e a envolvessem – mas
posso vir te visitar às vezes e você também pode ir... eu banco os custos da
viagem e se você sentir-se desconfortável em ficar na minha casa, pago hotel
também...
–
Mas Masaki... – Jéssika protelou, tentando se afastar alguns centímetros dele,
que a segurou firmemente e interrompeu-a com um largo sorriso no rosto.
–
Sem mas! Eu não vou conseguir ir embora em paz se você não prometer que vai me
ver! E eu sei que você não pode pagar, então me deixe arcar com os custos do
meu egoísmo. – disse, mantendo o sorriso no rosto, mas com um tom mais sério.
–
Tudo bem então. Se isso te faz feliz, com certeza fará a mim também.
Eles
olharam-se nos olhos, sorrindo, Aiba se aproximou mais e deixou que seus lábios
se encostassem aos dela. Foi um beijo ritmado e sem urgência alguma, mas seus
corações batiam descompassadamente. Jéssika afastou-se alguns centímetros e
olhou-o nos olhos.
–
Parece um sonho. – ela sussurrou.
–
Eu sei. – Aiba respondeu.
Sim, parece mesmo
um sonho eu tê-la encontrado, pensou.
~~
Jun
perguntou se poderia levá-la até em casa e Eloise entregou-lhe as chaves do
carro. Antes de entrarem na garagem, ela olhou para as janelas de seu
apartamento e constatou que somente a luz de seu quarto estava acesa. Jéssika e
Harumi deviam estar assistindo algo, pensou, afinal o dia passara rápido e já
havia anoitecido.
–
Esse “ilustríssimo eu” pode levá-la até lá em cima? – Jun perguntou, sorrindo.
–
Claro, ilustríssimo senhor Tsukasa Domyouji. – Eloise olhou para ele e, juntos,
caíram na gargalhada.
Assim
que entraram no elevador, Eloise pegou-se pensando em Hanadan.
–
Sabe qual é minha parte favorita? – ela perguntou, incerta se deveria falar.
–
De quê? Hanadan? – ele mantinha os olhos no teto.
–
Hai.
–
Não, qual é?
–
A cena do elevador. – ruborizou –Sei que é estranho, mas eu gosto muito dessa
cena porque foi lá que tudo começou.
–
Depois de horas na chuva, né?
–
Ver Domyouji molhadinho esperando por ela é lindo. – sorriu, as portas do elevador
abrindo-se em seguida.
No
pequeno corredor que dava acesso aos apartamentos de Eloise e Jéssika, ambos
hesitaram por alguns segundos. Jun desviou seu olhar do dela, repetindo para si
mesmo que não deveria beijá-la, nem mesmo se ela quisesse.
As
portas do elevador fecharam-se atrás deles e Eloise abriu a porta de seu
apartamento em seguida. A luz estava apagada, então levou sua mão até o
interruptor, mas antes que pudesse apertá-lo, as luzes acenderam-se,
mostrando-lhe sua sala, os rostos das pessoas que mais amava, todos usando
chapeuzinhos de festa e cantando parabéns em inglês.
A
pequena Harumi sorria largo ao lado do bolo, Jéssika e Aiba seguravam as mãos
firmemente, Nino parecia levemente entediado, Ohno e Sho seguravam uma grande
faixa onde fora escrito à mão em japonês: “E esse é o mais profundo desejo do
Arashi, da Haru e da Jessie: Otanjyoubi omedetou gozaimashita.”
–
Ah, arigatou, pessoal! – Eloise sorriu, sendo abraçada por Harumi enquanto
limpava uma lágrima de emoção que escorrera em sua face.
–
Tudo ideia da Haru. – Aiba explicou – Deu trabalho, mas esses 3 – apontando
para Sho, Nino e Ohno – só chegaram agora!
–
Só nos avisaram da festa há poucos minutos! –Sho defendeu-se.
Eloise
pegou sua câmera dentro da bolsa enquanto Jéssika posicionava a todos em volta
do bolo. Ela posicionou-a sobre a TV, programou o temporizador, apertou o botão
de disparo e correu para o centro do semicírculo, em frente ao bolo. Quando o
flash iluminou a sala, sentiu sua cabeça sendo empurrada para cima do bolo.
Com
a cara toda lambuzada, levantou-se, pegando um grande pedaço de bolo com as
mãos e jogou em Nino, que sabia ser quem a havia empurrado sobre o bolo. Ele
desviou-se e o bolo acertou Sho. Em segundos, estavam todos cobertos de bolo e
gargalhando.
–
Tudo bem, eu nem queria comer bolo mesmo. – Jun disse, limpando o bolo que
havia grudado em seus óculos e colocando-o na boca – Mas este estava bom.
E
foi nesse clima de descontração que ficaram, até que Eloise ouviu seu celular
tocando, que Sho deixara, ao chegar, sobre o balcão da cozinha, e quando todos
ouviram o que tocava, puseram-se a cantar junto, num coro animado, enquanto
Eloise saía em disparada até a cozinha.
“Doushite? Me no mae wo tozashite. Dou suru?
Kurai heya ni hitori ...~”
Na
tela indicava que o remetente da ligação era Kenji, então Eloise encostou a
porta da cozinha enquanto apertava o botão verde.
–
Ainda acordada? – Kenji disse, antes mesmo que ela pudesse dizer oi.
–
Claro! – ela sorriu ao ouvir a voz dele, a algazarra na sala era algo distante,
o barulho sufocado pela porta fechada.
–Vem
me buscar no aeroporto então?
–
Como assim? Você está de volta? – Ela assustou-se com a volta inesperada dele.
–
Não ia aguentar passar mais um dia longe de você! Venha logo! – ele disse, desligando
em seguida.
Eloise
voltou à sala, onde Jun puxava um coro animado, todos cantando Love Rainbow,
inclusive Harumi. Pegou sua bolsa e saiu de fininho, esperando que ninguém
percebesse.
Continua...
Minha nossa! Então Kenji chegou de surpresa? 0.0 Como faz hein? Parabéns Ise Chan!!! Que a fic continue como está hehe Cada vez melhor!!!! Júlia Vicheti :3
ResponderExcluirKenji é um louco lindo *---*
ExcluirArigatou, Julia ~ E acompanhe até o fim, que está próximo. Agora que estou conseguindo escrever, meu mundo fica até mais lindo. Espero que o final te surpreenda XD
Obrigada por ler e comentar!