quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

[Fanfic] Dear Sun - Capítulo 28




Capítulo 28
               
                Jéssika observava Harumi adormecida em seu colo quando ouviu a campainha tocar. Levantou-se cuidadosamente, colocando a cabeça da pequena sobre uma almofada, a campainha tocando insistentemente.
                Ao abrir a porta deparou-se com um grande buquê de flores do campo, que escondia a face risonha de Aiba. Depois de passada a surpresa do presente e da visita, ela convidou-o para entrar, orientando-o a manter silêncio para não acordar a pequena.
                – O que está fazendo aqui? – Jéssika sussurrou, levando-o para a cozinha.
                – Vim passar o dia com você, afinal amanhã estarei indo embora. ­– o sorriso que ele mantinha em sua face foi substituído por um beicinho.
                Ela aproximou-se de Aiba e segurou uma de suas mãos firmemente, enquanto a outra envolvia sua cintura, puxando-o para perto de si até que seus corpos se tocassem.
                – Eu vou sentir sua falta. – ela murmurou, encostando seus lábios nos dele em seguida.
                – Vem comigo! – Aiba falou, quando conseguiu respirar novamente.
                – Não posso. – afastou-se, mantendo somente sua mão em contato com a dele.
                – Por quê? – ele inquiriu, sabendo que deveria haver um motivo aceitável.
                – Não posso simplesmente largar tudo, meu emprego, meus amigos, minha família e ir pra um lugar desconhecido. Tenho que manter meus pés no chão, mesmo que isso signifique ter que me esquecer do meu sonho, aquele mais impossível, que me acompanhou por boa parte da vida. – Jéssika enxugou uma lágrima que escorria por sua face.
                – Tudo bem, meu anjo, sei que é egoísmo meu te pedir isso. – Aiba sussurrou, passando a mão no cabelo de Jéssika e sorrindo timidamente.
                – Não... não é egoísmo não! Mas é só que agora eu não posso deixar tudo pra trás.
                – Sabe, eu não posso prometer frequência, até porque tenho pouco tempo livre – ele deixou que suas mãos deslizassem até a cintura dela e a envolvessem – mas posso vir te visitar às vezes e você também pode ir... eu banco os custos da viagem e se você sentir-se desconfortável em ficar na minha casa, pago hotel também...
                – Mas Masaki... – Jéssika protelou, tentando se afastar alguns centímetros dele, que a segurou firmemente e interrompeu-a com um largo sorriso no rosto.
                – Sem mas! Eu não vou conseguir ir embora em paz se você não prometer que vai me ver! E eu sei que você não pode pagar, então me deixe arcar com os custos do meu egoísmo. – disse, mantendo o sorriso no rosto, mas com um tom mais sério.
                – Tudo bem então. Se isso te faz feliz, com certeza fará a mim também.
                Eles olharam-se nos olhos, sorrindo, Aiba se aproximou mais e deixou que seus lábios se encostassem aos dela. Foi um beijo ritmado e sem urgência alguma, mas seus corações batiam descompassadamente. Jéssika afastou-se alguns centímetros e olhou-o nos olhos.
                – Parece um sonho. – ela sussurrou.
                – Eu sei. – Aiba respondeu.
Sim, parece mesmo um sonho eu tê-la encontrado, pensou.
 ~~

                Jun perguntou se poderia levá-la até em casa e Eloise entregou-lhe as chaves do carro. Antes de entrarem na garagem, ela olhou para as janelas de seu apartamento e constatou que somente a luz de seu quarto estava acesa. Jéssika e Harumi deviam estar assistindo algo, pensou, afinal o dia passara rápido e já havia anoitecido.
                – Esse “ilustríssimo eu” pode levá-la até lá em cima? – Jun perguntou, sorrindo.
                – Claro, ilustríssimo senhor Tsukasa Domyouji. – Eloise olhou para ele e, juntos, caíram na gargalhada.
                Assim que entraram no elevador, Eloise pegou-se pensando em Hanadan.
                – Sabe qual é minha parte favorita? – ela perguntou, incerta se deveria falar.
                – De quê? Hanadan? – ele mantinha os olhos no teto.
                – Hai.
                – Não, qual é?
                – A cena do elevador. – ruborizou –Sei que é estranho, mas eu gosto muito dessa cena porque foi lá que tudo começou.
                – Depois de horas na chuva, né?
                – Ver Domyouji molhadinho esperando por ela é lindo. – sorriu, as portas do elevador abrindo-se em seguida.
                No pequeno corredor que dava acesso aos apartamentos de Eloise e Jéssika, ambos hesitaram por alguns segundos. Jun desviou seu olhar do dela, repetindo para si mesmo que não deveria beijá-la, nem mesmo se ela quisesse.
                As portas do elevador fecharam-se atrás deles e Eloise abriu a porta de seu apartamento em seguida. A luz estava apagada, então levou sua mão até o interruptor, mas antes que pudesse apertá-lo, as luzes acenderam-se, mostrando-lhe sua sala, os rostos das pessoas que mais amava, todos usando chapeuzinhos de festa e cantando parabéns em inglês.
                A pequena Harumi sorria largo ao lado do bolo, Jéssika e Aiba seguravam as mãos firmemente, Nino parecia levemente entediado, Ohno e Sho seguravam uma grande faixa onde fora escrito à mão em japonês: “E esse é o mais profundo desejo do Arashi, da Haru e da Jessie: Otanjyoubi omedetou gozaimashita.”
                – Ah, arigatou, pessoal! – Eloise sorriu, sendo abraçada por Harumi enquanto limpava uma lágrima de emoção que escorrera em sua face.
                – Tudo ideia da Haru. – Aiba explicou – Deu trabalho, mas esses 3 ­­ – apontando para Sho, Nino e Ohno – só chegaram agora!
                – Só nos avisaram da festa há poucos minutos! –Sho defendeu-se.
                Eloise pegou sua câmera dentro da bolsa enquanto Jéssika posicionava a todos em volta do bolo. Ela posicionou-a sobre a TV, programou o temporizador, apertou o botão de disparo e correu para o centro do semicírculo, em frente ao bolo. Quando o flash iluminou a sala, sentiu sua cabeça sendo empurrada para cima do bolo.
                Com a cara toda lambuzada, levantou-se, pegando um grande pedaço de bolo com as mãos e jogou em Nino, que sabia ser quem a havia empurrado sobre o bolo. Ele desviou-se e o bolo acertou Sho. Em segundos, estavam todos cobertos de bolo e gargalhando.
                – Tudo bem, eu nem queria comer bolo mesmo. – Jun disse, limpando o bolo que havia grudado em seus óculos e colocando-o na boca – Mas este estava bom.
                E foi nesse clima de descontração que ficaram, até que Eloise ouviu seu celular tocando, que Sho deixara, ao chegar, sobre o balcão da cozinha, e quando todos ouviram o que tocava, puseram-se a cantar junto, num coro animado, enquanto Eloise saía em disparada até a cozinha.
                “Doushite? Me no mae wo tozashite. Dou suru? Kurai heya ni hitori ...~”
                Na tela indicava que o remetente da ligação era Kenji, então Eloise encostou a porta da cozinha enquanto apertava o botão verde.
                – Ainda acordada? – Kenji disse, antes mesmo que ela pudesse dizer oi.
                – Claro! – ela sorriu ao ouvir a voz dele, a algazarra na sala era algo distante, o barulho sufocado pela porta fechada.
                –Vem me buscar no aeroporto então?
                – Como assim? Você está de volta? – Ela assustou-se com a volta inesperada dele.
                – Não ia aguentar passar mais um dia longe de você! Venha logo! – ele disse, desligando em seguida.
                Eloise voltou à sala, onde Jun puxava um coro animado, todos cantando Love Rainbow, inclusive Harumi. Pegou sua bolsa e saiu de fininho, esperando que ninguém percebesse.

Continua...

2 comentários:

  1. Minha nossa! Então Kenji chegou de surpresa? 0.0 Como faz hein? Parabéns Ise Chan!!! Que a fic continue como está hehe Cada vez melhor!!!! Júlia Vicheti :3

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Kenji é um louco lindo *---*
      Arigatou, Julia ~ E acompanhe até o fim, que está próximo. Agora que estou conseguindo escrever, meu mundo fica até mais lindo. Espero que o final te surpreenda XD

      Obrigada por ler e comentar!

      Excluir

Faça um autor feliz! Deixe seu comentário aqui: