quarta-feira, 25 de julho de 2012

[Fanfic] Dear Sun - Capítulo 15




Capítulo 15

                – Oi? – Jun falou, confuso, assim que viu Eloise.
                – Oi. – Eloise respondeu.
                – Okaasan, é ele, não é? – Harumi repetiu, curiosa, puxando a barra da camiseta de Eloise.
                – É sim, Haru. – Eloise limitou-se a responder. – Entre.
                Lhaisa, que estivera ouvindo tudo da sala, ficou sem saber como reagir quando viu aquele homem entrando. Simplesmente levantou-se e cumprimentou-o em japonês.
                – Essa é minha amiga, Lhaisa. – Eloise falou para Jun – E essa é minha filha, Harumi.
                A expressão de pânico que Jun não pôde conter quando Eloise apresentou-lhe Harumi como sua filha foi a deixa que Lhaisa precisava para pedir licença, pegar Harumi no colo e ir para a casa de Jéssika.
                – Por que você nunca nos disse que tinha uma filha? – Jun conseguiu falar depois de algum tempo de silêncio.
                – Porque ninguém nunca me perguntou. E também, era realmente necessário que você soubesse? – Eloise respondeu, sem perceber que poderia parecer grosseira.
                – Desculpa, não queria me meter na sua vida. – Jun falou perante a grosseria de Eloise.
                – Eu que me desculpo, afinal, eu podia ter contado. – nem Eloise sabia o motivo de ter omitido a existência de sua filha até então.
                – Então você é casada? – Jun perguntou, concluindo que, se ela tem uma filha, então também deve ter um marido.
                – Não. Sou mãe solteira. – Eloise falou.
                – Ele morreu? – Jun perguntou, confuso.
                Eloise contou a ele toda sua história com Kenji até o momento em que fugira. Preferiu não dizer que ainda o amava, e que o motivo de não corresponder a Jun como ele queria era esse.
                – Entendi. – Jun falou assim que ela terminou – E você nunca mais falou com ele?
                – Não. Ele nem sabe da Haru. – Eloise explicou.
                – Quer saber... – Jun foi interrompido pelo celular que tocava insistentemente em seu bolso. Ele atendeu e, a cada palavra que ouvia, sua face ia perdendo cor. Levantou-se e foi até a porta, sem dizer uma palavra.
                Quando estava no meio do corredor, lembrou-se de Eloise e correu de volta.
                – Desculpe, eu preciso mesmo ir. Depois eu te explico. – Ele falou, agitado e parecendo bastante preocupado, em seguida saiu correndo.
                – Nem me falou como chegou aqui... – Eloise reclamou.
                Assim que Jun saiu, Lhaisa entrou correndo na casa, falando coisas desconexas.
                – O que aconteceu? Ei, se acalma. – Eloise falou, sacudindo a amiga.
                – Liga pro SAMU agora! – Lhaisa falou, tomando o telefone da mão de Eloise.
                – O QUE ACONTECEU? – Eloise gritou, irritada e preocupada.
                – A Jéssika... – Foi a única coisa que Lhaisa conseguiu dizer antes de Eloise sair correndo até o apartamento da outra.
                Jéssika, que era uma boa amiga e uma pessoa com quem Eloise podia contar em todas as horas, tinha a saúde muito fraca e de tempos em tempos acabava no hospital.
                Quando entrou no apartamento, logo Eloise ouviu o choro de Harumi vindo da direção do banheiro. Jéssika estava desmaiada no chão, o secador de cabelos ligado e Harumi chorava ajoelhada ao lado dela.
                Sem saber o que fazer, Eloise sentou-se ao lado da amiga e colocou a cabeça dela sobre sua perna, esperando que Lhaisa tivesse conseguido chamar o SAMU.
                Alguns minutos depois, a ambulância chegou, e levaram-na para o Hospital mais próximo. Harumi ainda soluçava quando Elô finalmente tomou-a em seus braços e tentou acalmá-la.
                – A Tia Jé vai ficar bem, tá bom? ­­– Eloise falou enquanto tentava acalmar a si mesma. Lhaisa fora junto com a ambulância.
                – Ela vai mesmo? – Harumi perguntou entre lágrimas e soluços.
                – Vai sim. Agora vamos lá para o hospital ver se estão cuidando bem dela. – Eloise falou, fechando a porta do apartamento da amiga.
               
~~

                Jun correu até o carro que o aguardava na entrada do prédio e pediu que o levassem para o Hospital mais próximo. Ao chegar lá, encontrou Sho, Ohno e Nino sentados em cadeiras na sala de espera. Seu coração batia violentamente, e ele tentava entender tudo o que estava acontecendo.
                – Alguém pode me explicar? – Jun falou, estressado.
                – Hoje pela manhã eu fui brincar com o Aiba, e acabei tocando a testa dele. – Sho explicou – Estava muito quente. Eu perguntei há quanto tempo ele estava assim.
                – Sempre fingindo que está bem quando não está! – Jun reclamou.
                – Ele disse que já fazia uns três dias que não estava se sentindo bem. – Sho continuou – Eu perguntei se ele não queria ir ao médico. Ele disse que não e tomou um antitérmico.
                – E quando nós voltamos da sala de jogos do Hotel ele estava desmaiado. – Nino terminou.
                – Chamamos uma ambulância e agora estamos aqui, né?! – Ohno falou.
                – E como vocês estão fazendo pra falar com as pessoas? – Jun perguntou.
                – Um dos staffs fala português, por sorte. – Nino explicou.
                Jun largou-se numa cadeira ao lado deles e fez a única coisa que poderia fazer naquele momento: esperar. Tirou o celular do bolso, pegou os fones e colocou-os no ouvido. Ele se recusava a pensar na conversa que tivera há pouco com Eloise.
                Nino, Sho e Ohno, percebendo que havia algo de errado, deixaram-no quieto, sabendo que se tentassem perguntar algo naquela situação, Jun acabaria sendo grosseiro.
                Alguns minutos depois, Sho cutucou o braço de Jun, e este se obrigou a abrir os olhos e tirar um dos fones. Eloise estava entrando na sala de espera com Harumi em seus braços.
                – É a filha dela. – Jun falou. – E não me perguntem mais nada sobre isso.
                Diante do que Jun dissera, os outros concluíram que era esse o motivo do seu mau humor.
                – O que vocês estão fazendo aqui? – Eloise falou quando os viu sentados – Cadê o Aiba?
                – É esse o motivo de estarmos aqui. – Sho explicou.
                – Ai meu Deus! O que aconteceu com ele? – Eloise perguntou, entrando em pânico novamente. Harumi estava adormecida em seus braços.
                Sho, Nino e Ohno lhe explicaram o que havia acontecido. Logo Eloise sentou-se ao lado de Nino, o mais distante possível de Jun.
                – E você? Por que está aqui? – Nino perguntou.
                – Minha amiga passou mal. – Eloise falou, simplesmente.
                – Então você tem uma filha? – Sho não pôde se conter.
                – Sim. Essa é minha Harumi. ­ – Eloise falou, e todos olharam para a pequena de cara chorosa adormecida em seus braços. – Ela chorou até cansar.
                Alguns minutos se passaram enquanto Eloise lhes contava a história de Harumi e em seguida sobre a amiga que estava desmaiada. Logo Lhaisa se juntou a eles. Quando viu que Eloise estava sentada ao lado do Arashi, cumprimentou-os em japonês e sentou-se em silêncio, só ouvindo o que eles diziam. Ela preferiu não interromper a conversa. Somente ficaram aguardando informações sobre Aiba e Jéssika.
                Um médico aproximou-se e perguntou pela família de Jéssika. Eloise e Lhaisa se levantaram e conversaram com o médico. Ele explicou que o desmaio foi decorrente de uma crise talassemica. Eloise já sabia da doença da amiga, que era um tipo de anemia que, às vezes, quando a imunidade dela estava mais baixa, a fazia dormir por dias inteiros.
                Então, mais calmas, Lhaisa e Eloise foram até o quarto da amiga, ver como ela estava. Como Harumi não poderia entrar, pediu aos meninos que ficassem de olho nela, prometendo voltar o mais rápido possível.
                Assim que as duas saíram, o staff que falava português apareceu, dizendo que eles podiam ir até o quarto de Aiba vê-lo.
                – O que nós fazemos com a garota? – Ohno perguntou.
                – Não podemos levá-la. – Nino completou.
                – E não podemos deixá-la sozinha. – Sho terminou.
                – Podemos deixá-la aí com o Jun né? – Ohno falou, olhando para o amigo que parecia estar em transe, ouvindo música com os olhos fechados.
                – Acho que eles vão ficar bem juntos. – Sho concluiu, olhando do amigo em transe para a garotinha adormecida.
                – Vamos então! – Nino chamou, enquanto Sho colocava Harumi na cadeira ao lado de Jun.

~~

                No sala silenciosa, Harumi acordou. A primeira pessoa que viu ao seu lado foi Jun, que estivera mais cedo em sua casa.
                – Ô Tio! – Harumi cutucou o braço dele. – Tio!
                Ainda mais irritado que antes, Jun arrancou os dois fones e olhou para o lado, onde acreditava que Sho estava sentado, mas a única pessoa que encontrou foi a pequena Harumi, encarando-o com olhos chorosos.
                – Tio, você sabe onde está a minha okaasan? – Harumi perguntou, sorrindo.
                Sem entender nada do que a garotinha falava – exceto a palavra mãe – Jun não sabia o que fazer. Procurou Eloise por todos os lados, mas não a encontrou. Finalmente, desistiu e ficou quieto.
                Percebendo que Harumi estava prestes a chorar, puxou novamente o celular do bolso e ligou uma música. Ofereceu o fone pra ela, que aceitou sem pestanejar. A música que tocava era Love Rainbow e logo Harumi começou a cantar junto. Eloise ouvia Love Rainbow com bastante frequência, e Harumi acabou aprendendo a cantar junto com a mãe. Assim que Jun percebeu que a garotinha estava cantando, começou a cantar junto também.
                Depois de 4 ou 5 músicas, Eloise e Lhaisa voltaram e deram de cara com os dois muito animados cantando juntos.
                – Parece que eles se dão bem. – Lhaisa analisou.
                – Onde será que estão os outros? – Eloise perguntou.
                – Acho que é melhor perguntar para ele. – Lhaisa respondeu.
                Aproximaram-se deles em silêncio, e assim que Harumi viu a mãe gritou “Okaasan! Olha, eu fiz um novo amigo!”.
                – Onde estão os outros? – Eloise perguntou para Jun enquanto pegava Harumi no colo.
                – Acho que entraram. Eu estava ouvindo música e não vi nada. Só tirei os fones quando ela começou a me cutucar. – Jun explicou – Ela falou algumas coisas, mas eu só entendi “mãe”, então eu concluí que ela queria você. Eu não sabia o que fazer, e não ia conseguir me comunicar com ela, aí eu coloquei música e começamos a cantar juntos.
                – Obrigada por cuidar dela. – Eloise falou, pensando na situação em que colocara Jun.
                – Não foi nada. – Jun falou – Você sabe em que quarto o Aiba está?
                – Acho que é ao lado do da Jéssika. – Eloise falou – Entra naquela porta ali e segue o corredor até o final, aí vira para a direita. É o quarto número 308.
                – Vou lá. – Jun falou e saiu, seguindo as instruções de Eloise.
                – Vamos, Haru! – Eloise falou, saindo do Hospital.
                – Como está a Tia Jé? – Harumi perguntou.
                – Ela vai ficar bem. Amanhã a mamãe vem buscá-la. – Eloise explicou.
~~

                Depois de vários minutos ouvindo sermões dos quatro por não ter contado que estava se sentindo mal, Aiba disse que queria dormir e pediu que fossem embora, prometendo ficar bem. O médico disse que ele deveria passar a noite em observação, mas que no dia seguinte provavelmente receberia alta.
                Ligou a televisão e constatou que não iria entender nada do que estava passando, afinal era tudo em português, então simplesmente virou-se para o lado e tentou dormir.
                Vários minutos se passaram, e Aiba não conseguia dormir de jeito nenhum. Todo o mal estar havia passado e ele só queria sair dali. Começou a pensar no DS de Nino, que seria uma boa distração. Perdido em pensamentos, assustou-se quando ouviu um grito:
                – Merda! Eu quero meu notebook! Eu quero assistir dorama! Estou morrendo de tédio aqui! – E o mais incrível é que Aiba entendera tudo.
                Totalmente desperto e curioso, Aiba levantou-se, vestiu as pantufas, e saiu pé ante pé do quarto até o quarto vizinho, de onde acreditava que tivessem vindo os gritos.
                Bateu duas vezes na porta.
                – Quem é? – Jéssika perguntou, rabugenta.
                Sem entender o que ela dissera, Aiba enfiou sua cara no quadrado de vidro da porta, amassando o nariz.
                Jéssika, ao ver aquele rosto na porta de seu quarto, ficou sem reação. Nem conseguia se lembrar como dizer pra ele entrar em japonês. Tudo parecia tão surreal.

7 comentários:

  1. Caraca, TUDO q tem pra dar errado acabando dando ao mesmo tempo! Putz, tadinhos da Jéssika e do Aiba (BAKA! Fingindo q está tudo bem!)
    E oq foi essa cena fofa entre Haru e Jun?! *.*
    Bem, considerando o pesadelo q são hospitais eu acho q ter ter o Aiba por perto me parece uma ÓTIMA compensação kkkkkkkk
    Assim, só uma coisinha... No meio d um quarto d hospital, ela grita e ainda por cima EM JAPONÊS?! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    -Dani

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    1. Sim, tudo dando errado, mas vai melhorar ~ou não!
      Então, a cena da Haru com o Jun, veio na cagada, porque eu não sabia o que fazer com ela, porque crianças não entram em hospitais, aí surgiu a ideia, e como seria dificil pra eles se comunicarem, a música foi a ponte entre eles.

      É que você não conhece a Jéssika, e ela gritaria em japonês mesmo ~ então isso é normal pra mim ~

      Obrigada por ler e comentar, Dani :)

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  2. Incrivel!!!!! Ise chan como vc consegue? cada capítulo deixa o leitor curioso para o próximo!! é mto incrível!! Mais uma vez... omedetou!!!!!!! Adoro essa fic!

    Júlia Vicheti =3

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    1. Julia, obrigada! :)

      É que eu vou escrevendo e geralmente não é programado o jeito que vai acabar, mas acontece né?! Assim que meu "humor" melhorar eu escrevo os próximos ~

      Arigatou ~ Julia~

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  3. – Ele morreu? – Jun perguntou, esperançoso.

    Logo Lhaisa se juntou a eles. Quando viu que Eloise estava sentada ao lado do Arashi, deu meia volta e saiu correndo para tentar se concentrar e não dar uma de fã louca para a Eloise não ter que passar vergonha.

    No sala silenciosa, Harumi acordou. A primeira pessoa que viu ao seu lado foi Jun, que estivera mais cedo em sua casa.
    - Gaaah! O homem da tv me levou embora!!

    – Merda! Eu quero meu notebook! Eu quero assistir dorama! Estou morrendo de tédio aqui! – E o mais incrível é que Aiba entendera tudo.
    (tá, eu aqui no meu trabalho, nove horas da manhã, rindo muito mesmo disso! xD)

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    1. Adorei as adaptações, e ri demais! ~
      Se fosse eu mesma, também daria meia volta e sairia correndo ~

      Rindo? Mas gostou pelo menos?

      Obrigada por ler e comentar :)

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  4. Seriooo.... a proxima vez q estiver em um hospital eu vou gritar em japones.... vai q eu tenho a sorte de ter alguem por la *.*

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